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A manifestação de 7 de Setembro, realizada na Avenida Paulista, em São Paulo, contou com discurso do presidente nacional do PL, Waldemar da Costa Neto, que tentou manter o tom de entusiasmo mesmo diante de um momento de constrangimento. Logo no início de sua fala, a militância bolsonarista gritou em coro “Fora Romário”, em referência ao senador Romário (PL-RJ), que tem se distanciado das pautas do ex-presidente.
Waldemar reagiu com ironia e bom humor, dizendo: “É o Romário. Estou vendo que o Romário está com um prestígio danado aqui em São Paulo, hein? Mas eu vou cuidar disso quando chegar em Brasília, tá bom?”. O comentário arrancou risadas, mas também deixou claro o descontentamento da base com o ex-jogador.
Bolsonaro como centro do discurso
Na sequência, Waldemar exaltou a importância de Jair Bolsonaro como candidato do PL, deixando claro que não existe alternativa dentro do partido: “Quero dizer para vocês mais uma vez que nós não temos plano B, o nosso plano é Bolsonaro candidato a presidente”.
Sem a presença física de Bolsonaro na Paulista, o dirigente fez questão de ressaltar que carregava o ex-presidente como símbolo do ato: “Como ele não está aqui hoje, eu trouxe ele aqui no meu coração e vou jogar para vocês aí, tá bom?”. Durante o evento, Waldemar apareceu segurando uma almofada com a imagem de Bolsonaro, gesto que foi aplaudido pelos apoiadores.
Defesa da anistia e união de partidos
Outro ponto forte do discurso foi a defesa da anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. O dirigente insistiu que o episódio não pode ser classificado como golpe: “Não houve golpe. O que houve em Brasília foi uma baderna generalizada que eles querem transformar em golpe. Nós somos a favor de punir a todos que quebraram. Mas acontece que se fosse golpe, quem ia governar o país?”.
Waldemar também destacou que há maioria no Congresso para aprovar a medida e citou o apoio de outras legendas: “Nós vamos aprovar a anistia. O PP está junto com o PL. União Brasil está junto com o PL. PSD está junto com o PL. Nós temos maioria para aprovar”.