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Um dia após as manifestações do 7 de Setembro, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, reuniu ministros de partidos do Centrão no Palácio do Planalto para articular um plano contra a proposta de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro. O encontro aconteceu na manhã da segunda-feira (8/9), na sede da pasta comandada por Gleisi.

Participaram da reunião ministros filiados ao MDB, PSD e União Brasil, siglas com peso no Congresso. Estiveram presentes nomes como Renan Filho (Transportes), Jader Filho (Cidades), Simone Tebet (Planejamento), André de Paula (Pesca), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Celso Sabino (Turismo).

Segundo apuração da coluna, Gleisi traçou duas diretrizes centrais durante a reunião. A primeira foi a orientação para que cada ministro atue junto às bancadas de seus partidos, com o objetivo de conter a pressão pela votação da anistia dentro do colégio de líderes da Câmara. A expectativa é que essa articulação reduza a possibilidade de o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) pautar o tema.

A segunda recomendação foi o reforço do discurso público de que existem propostas mais relevantes para serem priorizadas, como o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para trabalhadores com rendimento acima de R$ 5 mil.

A ausência do ministro do Esporte, André Fufuca, único representante do PP no governo Lula, chamou atenção. A justificativa apresentada por ele foi um compromisso pré-agendado no ministério. A falta coincidiu com a orientação da cúpula do PP pelo desembarque do governo. “Darei ordem de serviço hoje. Não pude ir”, afirmou o ministro, sem entrar em detalhes.

A movimentação evidencia que o Planalto trabalha para conter avanços legislativos que possam ser interpretados como leniência com os atos antidemocráticos de janeiro, especialmente em um momento de alta sensibilidade política após as manifestações do feriado.

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