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foto atos 7 setembro sao paulo
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Neste 7 de setembro de 2025, as manifestações em São Paulo se dividiram entre dois polos distintos — política, numérica e simbolicamente — que provocaram olhares diferentes sobre a data.

Mobilização da direita na Paulista

Na Avenida Paulista, o ato organizado pelo pastor Silas Malafaia levou uma multidão com bandeiras do Brasil, cartazes e faixas pedindo anistia para os presos do 8 de janeiro. Também houve críticas diretas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e pedidos de impeachment do ministro Alexandre de Moraes.

Entre as lideranças presentes, estavam o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, os governadores Romeu Zema (Minas Gerais) e Jorginho Mello (Santa Catarina), além da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o deputado federal Nikolas Ferreira também marcaram presença, junto de outros parlamentares aliados do ex-presidente.

O discurso religioso teve espaço de destaque, com Malafaia conduzindo falas que mesclavam política e fé, reforçando a defesa de Bolsonaro e criticando a condução dos processos judiciais contra aliados do ex-presidente. A estimativa da USP apontou para cerca de 42 mil pessoas no pico da mobilização.

Ato da esquerda na Praça da Sé

No centro da capital paulista, o Grito dos Excluídos começou logo cedo, às 7h, na Praça da Sé, com um café da manhã solidário oferecido a pessoas em situação de rua. A partir dali, os manifestantes seguiram em caminhada e também se concentraram na Praça da República.

O evento reuniu aproximadamente 8 mil pessoas no auge da mobilização, segundo a USP. As principais bandeiras levantadas foram a defesa da soberania nacional, o fim da escala 6×1, a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, além da defesa de uma tributação mais justa para os mais ricos.

O ato contou com a presença de sindicatos, movimentos sociais e partidos de esquerda, em uma dinâmica que combinou protesto e manifestações culturais, mantendo o tom tradicional do Grito dos Excluídos.

Mobilizações por todo o Brasil

Além de São Paulo, o Grito dos Excluídos esteve presente em 36 cidades de 23 estados, além do Distrito Federal, com caminhadas, missas e cafés da manhã comunitários. Capitais como Vitória, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre também registraram atos pela manhã.

As manifestações bolsonaristas, por sua vez, ocorreram em quase 100 cidades brasileiras. Em Brasília, apoiadores se reuniram no estacionamento da Funarte desde as primeiras horas do dia, levantando as mesmas pautas vistas na Avenida Paulista.

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