Publicidade
A portuguesa Mota-Engil venceu nesta sexta-feira (5) o leilão realizado na B3, em São Paulo, e será responsável pela construção...
Créditos: Reprodução/Governo de SP
Getting your Trinity Audio player ready...

A portuguesa Mota-Engil venceu nesta sexta-feira (5) o leilão realizado na B3, em São Paulo, e será responsável pela construção, operação e manutenção do túnel imerso Santos–Guarujá, a maior obra do Novo PAC. O investimento estimado é de R$ 6,8 bilhões, em um contrato de concessão de 30 anos.

O túnel terá 1,5 km de extensão, com 870 metros submersos, três faixas por sentido, via exclusiva para VLT, ciclovia e passagem de pedestres. O prazo de execução é de cinco anos, reduzindo a travessia atual — feita por balsa ou pela estrada — para apenas dois minutos.

Quem é a Mota-Engil

Fundada em 1946, a Mota-Engil é a maior construtora de Portugal e expandiu suas operações para a África e América Latina. Presente em 23 países, tem obras de grande porte em rodovias, ferrovias e energia. No Brasil, é responsável por contratos de manutenção offshore com a Petrobras.

Obras já realizadas pela Mota-Engil

Tren Maya (México) – trechos de ferrovia de mais de 1.500 km.

Corredor de Lobito (Angola) – ferrovia de 1.300 km estratégica para transporte mineral.

Infiny Tower (Angola) – edifício de 25 andares em Luanda.

Contrato Petrobras (Brasil) – manutenção de plataformas offshore, avaliado em R$ 1,61 bi.

Principais desafios

O projeto exigirá desapropriações em Santos (Macuco e entorno portuário) e em Guarujá (Vicente de Carvalho), afetando centenas de famílias. Outro desafio é técnico: será o primeiro túnel imerso do Brasil, construído com módulos de concreto pré-moldados encaixados no leito do canal, técnica consolidada em outros países, mas inédita em território nacional.

Modelo de financiamento

A Mota-Engil investirá inicialmente na construção e, em troca, receberá contraprestações anuais do governo de São Paulo. O leilão definiu a vencedora pelo maior desconto sobre o valor-base estabelecido em edital, reduzindo o custo público. O contrato de 30 anos também permite a exploração de pedágio automatizado para veículos e receitas acessórias, garantindo retorno do investimento e lucro pela eficiência na operação.

Destaques ISN

Relacionadas

Menu