O ex-jogador Robson de Souza, o Robinho, cumpre pena de nove anos de reclusão pelo crime de estupro coletivo. Condenado em última instância pela Justiça italiana em 2022, ele foi preso em 21 de março de 2024, na cobertura em que morava em Santos (SP), após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que homologou a sentença estrangeira e determinou que a pena fosse cumprida no Brasil. Desde então, está detido na Penitenciária 2 de Tremembé (SP), conhecida como o “presídio dos famosos”.

Nos últimos meses, a defesa de Robinho ingressou com diferentes pedidos de liberdade. O mais recente recurso, que buscava reduzir a pena para até seis anos — o que poderia colocá-lo em regime semiaberto — foi negado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em julgamentos anteriores, apenas os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli votaram pela soltura do ex-jogador, enquanto os demais ministros mantiveram a condenação em regime fechado.

Condenação na Itália

O crime ocorreu em 2013, quando Robinho atuava pelo Milan. Ele e outros cinco homens foram acusados de participar de um estupro coletivo contra uma mulher albanesa em uma boate de Milão. A vítima estava inconsciente em razão do consumo excessivo de álcool. Após anos de tramitação, a Justiça italiana confirmou a condenação em janeiro de 2022.

Rotina e prestígio na prisão

De acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), Robinho cumpre rotina semelhante à dos demais detentos. Ele já participou de cursos educacionais, integra atividades esportivas durante o banho de sol e também participa de rodas de leitura no presídio.

Além disso, relatos apontam que o ex-jogador assumiu um papel de destaque dentro da penitenciária ao se tornar técnico do time de futebol formado pelos presos. A equipe, conhecida como Tremembé Esporte Clube, chega a organizar partidas dividindo os detentos em times como “Assassinos x Estupradores”. Robinho, com sua experiência profissional, passou a treinar um dos grupos, reforçando sua influência no presídio.

Fontes também indicam que o ex-jogador disputa espaços de liderança dentro da cadeia, dividindo atenções com outros detentos de notoriedade, como o empresário Thiago Brennand. A prática esportiva tem reforçado o prestígio de Robinho entre os demais presos, o que aumenta seu poder de articulação no ambiente prisional.