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Foto: br.pinterest.com
Diversos patrimônios de Juiz de Fora, reconhecidos como parte da identidade cultural da cidade, sofrem com a falta de manutenção e o risco de deterioração. A Tribuna registrou, em agosto, danos no telhado do Hotel Minas, pichações no Cine-Theatro Central, abandono das ruínas do Palacete Fellet, manchas pretas na torre da Praça da Estação e deterioração no Solar dos Colucci.
A professora de Arquitetura da Uniacademia, Mila Andreola, destacou que a preservação depende da parceria entre poder público e comunidade, mas também do comprometimento dos proprietários particulares. Segundo ela, o tombamento impõe responsabilidades que muitas vezes não são cumpridas por falta de recursos ou de apoio institucional. “O poder público é corresponsável, mas o proprietário continua sendo o responsável pela manutenção do bem”, ressaltou.
O professor da UFJF Marcos Olender reforçou que a preservação está ligada à qualidade de vida urbana e até à mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Para ele, a manutenção desses imóveis também garante áreas de respiro nas cidades, colaborando para um ambiente mais equilibrado.
Procurada, a Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa) informou que já há projetos em andamento, como a restauração do telhado do Hotel Minas e a pintura do Cine-Theatro Central. O caso do Palacete Fellet segue em tramitação judicial, e a situação da Praça da Estação será avaliada junto à Defesa Civil. Quanto ao Solar dos Colucci, a Funalfa afirmou que a Santa Casa de Misericórdia, responsável pelo imóvel, já foi notificada diversas vezes, mas não se manifestou até o fechamento da reportagem.