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Um vídeo obtido pela reportagem mostra a dupla que baleou um turista de Sorocaba na Praia das Astúrias, em Guarujá (SP), no último sábado (30). Ambos foram oficialmente reconhecidos pela polícia e são maiores de idade, já conhecidos nos meios criminais. Apesar disso, continuam foragidos e teriam se envolvido em outros delitos ainda no mesmo dia.
A tentativa de roubo ocorreu quando os criminosos tentaram subtrair uma corrente de ouro avaliada em R$ 8 mil, que estava por baixo da camisa de um turista. Ao reagir verbalmente, a vítima provocou a ação da dupla, que sacou a arma e abriu fogo. Os tiros atingiram o amigo do homem abordado, também de Sorocaba, que ficou ferido no braço e na perna.
A vítima foi socorrida pelo Grupamento de Bombeiros Marítimos (GBMar) e encaminhada consciente ao Hospital Santo Amaro, onde permaneceu em estado estável.
Investigação
Segundo a Polícia Civil, a identificação da dupla foi confirmada graças ao vídeo obtido por câmeras de monitoramento e imagens que circularam após o crime, além do reconhecimento fotográfico feito por vítimas e testemunhas. Mesmo com provas consistentes, os dois ainda não foram capturados.
Ação e Reação
Essa ocorrência — quase fatal — pode impulsionar uma resposta mais firme das forças de segurança. Nesse contexto, ganha força o debate sobre a possível retomada da Operação Ocupação, que entre junho e julho reforçou o patrulhamento nas praias centrais com drones, viaturas e a Guarda Civil Municipal. A operação chegou a registrar dois fins de semana consecutivos sem crimes, mas foi paralisada sem explicações públicas, e o episódio reacende a pressão por seu retorno.
Reconhecimento facial não avançou na Câmara de Guarujá
Também volta à tona a discussão sobre o programa “Smart Guarujá 360”, apresentado pelo vereador Anderson Bernardes, que previa câmeras inteligentes com reconhecimento facial para integrar forças de segurança. A proposta, no entanto, nunca chegou a ser discutida no plenário da Câmara e acabou paralisada já nas fases iniciais.
Enquanto isso, Santos já conta com um sistema semelhante em funcionamento, com mais de 3 mil câmeras integradas ao Muralha Paulista e ao Córtex. Somente em 2025, o sistema auxiliou em mais de 1.100 ocorrências, incluindo prisões em flagrante — como a de um fisiculturista acusado de agredir a namorada, localizado depois que a placa de seu carro foi reconhecida e o alerta disparado automaticamente.
