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O julgamento do ex-jogador Robinho no Supremo Tribunal Federal (STF) será concluído nesta sexta-feira (29). No entanto, a Corte já formou maioria: seis ministros votaram pela manutenção da prisão, enquanto apenas Gilmar Mendes divergiu a favor da soltura — fazendo com que o resultado final esteja praticamente definido. Defesa e argumentação A defesa recorreu ao STF afirmando que a aplicação da Lei de Migração (Lei nº 13.445/2017), utilizada para homologar a sentença italiana e viabilizar o cumprimento da pena no Brasil, seria retroativa e, portanto, inconstitucional. Essa tese, entretanto, foi rejeitada pelos ministros, que consideraram válida a norma de cooperação internacional e afastaram qualquer caráter penal que pudesse ferir o princípio da irretroatividade. Ministros que já deram seus votos Votaram a favor da manutenção da prisão: o relator Luiz Fux, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, André Mendonça, Cristiano Zanin e Edson Fachin. O único voto contrário até agora foi o de Gilmar Mendes, que entendeu que a execução da pena só deveria ocorrer após o trânsito em julgado da decisão do STJ. Relembre o caso Roberto de Souza, o Robinho, foi condenado na Itália a nove anos de prisão por envolvimento em estupro coletivo em 2013. Após a homologação da sentença pelo STJ, em março de 2024 ele passou a cumprir a pena no Brasil. Desde então, a defesa vem usando recursos no STF para tentar reverter a prisão, mas até o momento todas as tentativas foram rejeitadas.
Trajetória no futebol Revelado pelo Santos, Robinho brilhou no bicampeonato brasileiro de 2002 e 2004, antes de se transferir para o Real Madrid em 2005. Depois passou por Manchester City e Milan — foi nesse período, em 2013, que ocorreu o episódio que resultou em sua condenação na Itália. Mais tarde voltou ao Santos, jogou no Atlético-MG e teve passagens pelo futebol chinês e turco. Pela Seleção Brasileira, disputou três Copas do Mundo, venceu duas Copas das Confederações e foi campeão da Copa América de 2007, sendo o artilheiro da competição. Cotidiano na prisão Robinho está detido desde março de 2024 na Penitenciária II de Tremembé (SP), chamada por alguns veículos de “presídio dos famosos”. Apesar da detenção, mantém uma rotina afetiva com a família: sua esposa e os filhos o visitam regularmente, e ele participa de momentos de afeto e descontração com as crianças durante essas visitas. Pai e filho vivem momentos diferentes Enquanto o pai aguarda o desfecho do julgamento no STF, o filho de Robinho, Robson Júnior (conhecido como Robinho Jr.), segue sua trajetória no futebol juvenil. Ele já está no Santos, assinou contrato profissional em agosto de 2024 e passou a atuar regularmente no elenco sub-20 e também no principal do clube, recebendo inclusive a camisa 7 do time. Apesar das circunstâncias familiares, Robson Jr. segue focado em sua carreira e tem recebido apoio do Santos para lidar com a situação, mantendo discrição nas redes sociais. Acompanhe: em breve, divulgaremos o resultado final.
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