A tatuadora Giovana Chiquinelli Marcatto, de 26 anos, foi presa temporariamente na noite desta quarta-feira (27/8), na zona leste de São Paulo, sob suspeita de envolvimento na morte do próprio filho, o bebê Dante Chiquinelli Marcatto, de apenas 9 meses. A investigação da Polícia Civil aponta que a criança pode ter sido envenenada com raticida.
O caso teve início na terça-feira (26/8), quando Giovana levou o filho ao Hospital Estadual da Vila Alpina, alegando que o bebê “não aparentava estar bem”. Na unidade, no entanto, Dante já chegou sem vida. O caso foi registrado como “morte suspeita” pelo 70º Distrito Policial, da Vila Ema.
Segundo o laudo necroscópico, foram encontradas partículas de veneno de rato no organismo da criança, o que indicou que a morte foi provocada por envenenamento. De acordo com o legista, a ingestão do raticida teria ocorrido cerca de três horas antes do óbito — no mesmo período em que, segundo a própria mãe, o bebê recebeu uma banana amassada.
A quantidade da substância encontrada nas vísceras reforça, para os investigadores, a hipótese de ingestão não acidental. O produto adquirido contém um aditivo amargante, justamente para desencorajar o consumo por crianças, o que pode indicar intenção.
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que Giovana comprou o veneno em um pet shop, às 15h30 do dia 25/8, na região da Vila Independência, onde morava com o filho. No mesmo dia, horas antes da suspeita aplicar o raticida, ela registrou fotos do bebê sorrindo, que foram localizadas no celular dela.
Diante dos elementos reunidos — imagens, necropsia e depoimentos —, a Polícia Civil solicitou a prisão temporária de 30 dias da tatuadora, o que foi aceito pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Giovana deverá passar por audiência de custódia nos próximos dias. A defesa da investigada ainda não se manifestou publicamente sobre o caso.
