O programa ISFM News desta quinta-feira (28) abordou a megaoperação das Polícias Federal, Civil e Militar, em conjunto com o MP-SP e o MPF, que cumpre mandados contra uma rede ligada ao PCC envolvendo adulteração de combustíveis e lavagem de dinheiro.
De acordo com o empresário João Vilella, a atuação conjunta de governos estadual e federal demonstra instituições funcionando de forma independente, como deve ser. Para ele, quando órgãos agem sem a interferência política, os resultados aparecem.
Ele destacou que o esquema criminoso tomou usinas de álcool e criou mecanismos para lavar dinheiro. Segundo Vilella, o crime organizado se espalhou a ponto de não se saber mais onde está ou não, sendo possível afirmar que já alcança todos os lugares.
Para o empresário, a lavagem de dinheiro afeta empresas que atuam corretamente, criando distorções em toda a cadeia econômica. Vilella alertou ainda que o grande desafio é a continuidade da operação, com risco de investigados serem soltos e penas anuladas.
Apresentado por Paulo Schiff, o ISFM News vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 7h às 8h30, na rádio ISFM 100,7. O programa também pode ser acompanhado ao vivo ou sob demanda no canal oficial da emissora no YouTube.
A notícia
Uma força-tarefa com 1.400 agentes cumpre, nesta quinta (28), mandados em oito estados para desarticular um esquema bilionário no setor de combustíveis ligado ao PCC. A operação Carbono Oculto é considerada a maior da história contra o crime organizado no Brasil.
Segundo a Fazenda de SP, a facção teria sonegado mais de R$ 7,6 bilhões em impostos. As investigações apontam fraudes na importação e distribuição de combustíveis, com adulterações que atingiram mais de 300 postos e podem chegar a 30% do mercado paulista.
O PCC também controlava ao menos 40 fundos de investimentos, com patrimônio de R$ 30 bilhões. Esses recursos foram usados para ocultar patrimônio e financiar aquisições como terminal portuário, usinas de álcool e imóveis em diferentes estados.
Mais de 350 alvos são investigados por crimes como lavagem de dinheiro, fraude fiscal e adulteração de combustíveis. Entre as empresas citadas estão o Grupo Aster/Copape, o BK Bank e o fundo Reag, apontados como peças-chave do esquema bilionário.