Na última terça-feira (19), moradores do bairro Jardim Guaiúba, em Guarujá, levaram um susto ao encontrarem uma serpente ao lado da porta de casa. A Guarda Civil Ambiental foi acionada e rapidamente compareceu ao local.
Ao chegarem, os agentes identificaram o animal como uma cobra-d’água (Erythrolamprus miliaris), espécie bastante comum na região e que não oferece risco aos humanos.
Sem apresentar ferimentos, a serpente foi recolhida e devolvida com segurança ao seu habitat natural, em área de mata no Morro do Pinto.
Por que a cobra-d’água é importante para o meio ambiente
Especialistas explicam que a cobra-d’água se alimenta de pequenos anfíbios e peixes, ajudando a manter o equilíbrio da natureza ao controlar populações dessas espécies.
Ela é considerada não peçonhenta, ou seja, não venenosa, e costuma habitar áreas alagadas, manguezais, lagoas, rios e regiões de mata úmida em toda a Baixada Santista, incluindo Guarujá, Santos, Cubatão, São Vicente, Praia Grande e Bertioga.
Pode matar? Pode criar em casa? A lei responde
Segundo a Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/1998), é crime matar, perseguir, capturar ou manter animais silvestres em cativeiro sem autorização. A pena pode chegar a um ano de detenção, além de multa.
Isso significa que tanto matar uma cobra-d’água quanto tentar domesticá-la como “animal de estimação” são condutas ilegais. A recomendação é sempre chamar os órgãos competentes para o resgate seguro.
A orientação é clara: ao se deparar com animais silvestres, jamais tente capturá-los.
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Em Guarujá, o resgate pode ser solicitado ao GDA pelo telefone 153.
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Em Santos e demais cidades da Baixada Santista, o contato deve ser feito com a Guarda Civil Municipal ou Secretaria de Meio Ambiente local.