A Polícia Civil de São Paulo prendeu, nesta segunda-feira (25), em Olinda (PE), um homem acusado de ameaçar de morte o influenciador Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca. A prisão ocorreu após investigações que revelaram que o suspeito também lucrava com a venda de material infantil em redes sociais, conforme informou o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite.
A ofensiva policial foi executada por meio do NOAD (Núcleo de Observação e Análise Digital) da 3ª Delegacia de Crimes Cibernéticos, vinculada ao DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais), com apoio da Polícia Civil de Pernambuco. Os agentes cumpriram mandados de busca, apreensão e prisão temporária em dois endereços, onde o homem foi localizado e preso em flagrante.
O indivíduo também é acusado de criar falsos mandados de prisão contra o influenciador e divulgá-los em plataformas como o Discord. Ele teria ainda tentado incluir documentos falsos no Banco Nacional de Mandados do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Além disso, ameaçou uma psicóloga que participou do vídeo de denúncia publicado por Felca.
As ameaças surgiram após a divulgação de um vídeo em que Felca critica a adultização de crianças e adolescentes nas redes sociais. Na gravação, o influenciador destaca como algoritmos digitais podem contribuir para a exposição indevida de menores e reforça a conexão desse fenômeno com o contexto da pedofilia. O vídeo já soma mais de 48 milhões de visualizações.
A investigação que se desenrolou após a denúncia também resultou na prisão do influenciador Hytalo Santos, que é alvo do Ministério Público da Paraíba desde 2024 por suspeita de exploração de menores em conteúdos online.
A polícia afirma possuir provas de que o suspeito preso nesta segunda-feira planejava atentar contra Felca e outras pessoas envolvidas na denúncia. Se confirmadas as acusações, ele poderá responder pelos crimes de ameaça, perseguição e associação criminosa em ambiente virtual.
Felca relatou que, desde que se posicionou contra casas de apostas e denunciou o uso de menores na internet, passou a viver sob escolta, com carro blindado e segurança particular.