O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, esteve nesta quinta-feira (21) no Porto de Santos, no litoral de São Paulo, acompanhado dos ministros Bruno Dantas (Tribunal de Contas da União) e Márcio França (Empreendedorismo), para visitar o trajeto onde será construído o túnel imerso entre Santos e Guarujá. A agenda incluiu também a entrega de 73 moradias no Conjunto Habitacional Parque da Montanha, em Guarujá, destinadas a famílias removidas de palafitas na margem esquerda do porto.
“A gente espera que dia 5 [de setembro], às 15h, nós possamos estar lá na B3 batendo o martelo desse sonhado túnel”, disse Costa Filho, ao comentar a importância da obra de R$ 6 bilhões, aguardada há quase 100 anos pela região.
Anderson Pomini, presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), ressaltou o simbolismo da visita: “É um dia que ficará para a história. Servir, participar de gestão pública, gera gratificações como essa”. Ele ainda destacou: “Hoje, inclusive, em razão dessa obra [túnel], serão entregues mais de 72 casas. Vai impactar na logística, no bom funcionamento e na eficiência do porto, vai impactar sobre o tema ambiental”.
Bruno Dantas, relator da obra no TCU, afirmou que a primeira etapa do projeto já foi analisada e que a execução ficará a cargo do governo estadual. “Ficou acertado que haveria um acordo de delegação de competência do Governo Federal para o estado de São Paulo, para que o Estado realizasse essa obra como mobilidade urbana, embora seja um público que vai passar por baixo do canal de acesso aqui do porto”.
Márcio França cobrou participação efetiva do governo paulista no custeio da obra: “Sinceramente com R$ 10 ele não vai construir o túnel, então é preciso ele colocar mais dinheiro”. Segundo ele, o acordo previa divisão de custos: “O combinado era R$ 3 bilhões da Autoridade Portuária e R$ 3 bilhões do governo do estado. Ele [Tarcísio de Freitas] nunca falou em empréstimo, e nós estamos dispostos também, se precisar, emprestar os outros R$ 3 bilhões lá pelo BNDES”.
Após a cerimônia, os ministros e o prefeito de Guarujá, Farid Madi, entregaram as novas moradias às famílias impactadas pela ampliação do porto e pela construção do túnel. Pomini reforçou o compromisso com a remoção de moradias em áreas de risco. “Nós temos uma meta (…) que é zerarmos as palafitas do Porto de Santos no prazo máximo de 2 anos”.