Fábrica clandestina de fuzis é descoberta no interior de SP e levanta alerta sobre armas artesanais de alta precisão

Fábrica clandestina de fuzis é descoberta no interior de SP e levanta alerta sobre armas artesanais de alta precisão

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Uma operação conjunta entre a Polícia Federal e a Polícia Militar revelou a existência de uma fábrica clandestina de fuzis AR-15 em Santa Bárbara d’Oeste, no interior de São Paulo. A ação, realizada na quinta-feira (21), resultou na apreensão de 80 armas e na prisão de dois homens apontados como responsáveis pela produção do armamento.

Segundo as autoridades, a fábrica operava sob a fachada de uma empresa de peças aeronáuticas, mas há pelo menos seis meses era utilizada exclusivamente para a fabricação de armamentos. O local contava com máquinas de usinagem de alto valor e precisão, capazes de moldar peças metálicas com resistência e robustez superiores às armas já apreendidas anteriormente no estado, feitas com impressoras 3D e materiais plásticos.

Os suspeitos foram presos em flagrante no momento em que descarregavam componentes utilizados na montagem dos fuzis em uma residência localizada no bairro Novo Mundo, em Americana. Um dos homens, de 38 anos, é morador de Campinas, enquanto o outro, de 33, reside em São João da Boa Vista. Ambos foram autuados por posse e comércio ilegal de armas de fogo, crimes que podem resultar em até 18 anos de prisão.

As investigações apontam que os fuzis eram destinados a facções criminosas que atuam nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. No endereço indicado pelos suspeitos, foram apreendidas peças e equipamentos suficientes para a montagem de 80 armas, além de moldes e ferramentas específicas utilizadas no processo de produção.

A operação também revelou que as armas eram produzidas com tecnologia de usinagem, o que garante maior resistência ao armamento. A sofisticação do processo chamou a atenção dos investigadores, principalmente pelo uso de softwares e máquinas milionárias para a fabricação artesanal dos fuzis.

As investigações seguem em andamento para identificar demais envolvidos no esquema, além de apurar a origem dos materiais utilizados e os destinos finais das armas. Ainda não há informações precisas sobre o tempo total de funcionamento da fábrica nem a quantidade exata de armamentos produzidos ao longo do período de atividade.

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