Risco de mortalidade em 26%: novos testes rápidos ampliam proteção a idosos e pacientes oncológicos no inverno

Risco de mortalidade em 26%: novos testes rápidos ampliam proteção a idosos e pacientes oncológicos no inverno

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Estudo da Fiocruz mostra que o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) apresenta taxa de mortalidade de até 26% entre idosos, patamar vinte vezes maior do que em crianças, reforçando a necessidade de estratégias de diagnóstico ágil e preciso durante o período de maior circulação de doenças respiratórias. Pacientes oncológicos também estão entre os grupos mais expostos, já que a imunossupressão provocada pelos tratamentos contra o câncer aumenta a vulnerabilidade a complicações infecciosas.

O envelhecimento natural do sistema imunológico, aliado à presença frequente de doenças crônicas como diabetes, hipertensão e insuficiência cardíaca, reduz a capacidade de resposta do organismo e prolonga a recuperação de quadros respiratórios. Em pacientes em tratamento oncológico, a quimioterapia e outros métodos terapêuticos debilitam as defesas naturais, tornando infecções sazonais ou oportunistas uma ameaça real à continuidade do tratamento e à qualidade de vida.

Nesse cenário, a introdução de testes rápidos por painéis sindrômicos tem sido apontada como ferramenta estratégica. Capazes de detectar em aproximadamente uma hora o DNA de vírus ou bactérias, esses exames permitem maior assertividade nas condutas médicas, diminuindo o uso desnecessário de antibióticos, reduzindo hospitalizações e evitando agravamentos clínicos.

A adoção dessa tecnologia representa ganhos não apenas para os pacientes, mas também para hospitais e equipes médicas. O tempo de internação tende a ser reduzido, os custos hospitalares diminuem e a vigilância epidemiológica se torna mais eficaz, especialmente em períodos de pico de doenças respiratórias.

Segundo dados do Boletim InfoGripe, em 2025 já foram registrados mais de 150 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), dos quais mais da metade tiveram confirmação laboratorial para vírus respiratórios. O VSR respondeu por 46% das ocorrências, enquanto a influenza A esteve presente em quase três quartos dos óbitos confirmados por SRAG.

A combinação entre alta letalidade, maior circulação viral e vulnerabilidade de determinados grupos reforça a urgência de ampliar o acesso a diagnósticos rápidos, considerados fundamentais para proteger idosos, pacientes oncológicos e pessoas com comorbidades neste inverno.

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