
Juiz de Fora ocupa a primeira posição em um ranking preocupante de Minas Gerais: entre 2022 e 2025, foram registrados 662 afastamentos de trabalhadores por problemas de saúde mental. O número é o maior do estado, acima de Montes Claros, Uberlândia e até da capital, Belo Horizonte.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, os profissionais da saúde estão entre os mais afetados. Técnicos de enfermagem e agentes comunitários lideram a lista, com 152 e 140 afastamentos respectivamente. Também aparecem com destaque enfermeiros, assistentes administrativos e operadores de telemarketing.
No total, Minas Gerais registrou 2.804 afastamentos no período. Para tentar reduzir os impactos, o Governo do Estado mantém o programa Acompanhar, criado durante a pandemia, que oferece atendimento psicológico a profissionais da saúde. O serviço conta com psicólogos, fisioterapeutas e assistentes sociais, e nos casos mais graves, os trabalhadores são encaminhados ao Instituto Raul Soares, referência em saúde mental no estado.
A situação expõe a pressão enfrentada por categorias que atuam na linha de frente do cuidado à população, mas que também necessitam de atenção e suporte para preservar sua própria saúde mental.