O programa ISFM News desta sexta-feira (15) abordou a pesquisa AtlasIntel–Bloomberg, que mostra Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia e Flávio Dino nas primeiras posições no ranking de popularidade entre ministros do STF, todos com saldo de imagem negativo.
Ronaldo Serapicos afirmou que, nos últimos anos, a avaliação do Judiciário passou a ser mais politizada. Segundo ele, a próxima pesquisa deve reforçar essa polarização de opiniões sobre a atuação da Justiça brasileira.
O advogado lembrou que, antes, a insatisfação com o Judiciário estava ligada à lentidão, falta de estrutura e fóruns em péssimas condições. Hoje, a informatização acelerou processos e melhorou o atendimento ao cidadão.
Apesar disso, Serapicos considera incoerente a piora na avaliação popular. Para ele, a crítica atual é motivada por questões políticas, especialmente pela maior exposição e protagonismo do Supremo Tribunal Federal.
O advogado observou que, no passado, poucos sabiam quem eram os ministros do STF. Com a atuação mais visível nos últimos anos, a Corte passou a ser alvo de debates e de insatisfação de parte da população.
Apresentado por Paulo Schiff, o ISFM News vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 7h às 8h30, na rádio ISFM 100,7. O programa também pode ser acompanhado ao vivo ou sob demanda no canal oficial da emissora no YouTube.
A notícia
A pesquisa AtlasIntel–Bloomberg mostra Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia e Flávio Dino liderando a popularidade entre os 11 ministros do STF. Apesar das primeiras posições, todos registram saldo de imagem negativo no levantamento.
Realizado entre 3 e 6 de agosto, com 2.447 entrevistas e margem de erro de ±2 pontos, o estudo aponta Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso como líderes de rejeição, com 56% e 53%. Kassio Nunes Marques é o ministro menos conhecido pelo público.
A série histórica indica estabilidade ou leve melhora nas imagens de Cármen Lúcia, Moraes, Dino e Cristiano Zanin entre setembro de 2024 e agosto de 2025, mas sem mudanças relevantes no cenário geral de avaliação.
A análise institucional revela polarização na percepção do STF. “Defesa da democracia”, “respeito à Constituição” e “profissionalismo” têm índices menos negativos, mas nenhum aspecto consegue alcançar saldo positivo de imagem.