O Ministério Público do Distrito Federal recorreu nesta terça (12) contra decisão que deixou Bruno Henrique, do Flamengo, e seu irmão, Wander Lima Pinto Júnior, réus apenas por fraude esportiva, pedindo que ambos respondam também por estelionato.
O caso envolve partida contra o Santos, pelo Brasileirão 2023, em Brasília, quando o atacante teria recebido cartão amarelo de forma premeditada. A advertência teria beneficiado o irmão e outros apostadores que previram a ocorrência nas casas de apostas.
A acusação integra um inquérito mais amplo sobre manipulação de resultados no futebol brasileiro, que já levou à punição de atletas de outras equipes. O esquema envolve apostas em lances específicos, como cartões e escanteios, com ganhos elevados para envolvidos.
O MP pede ainda que Bruno Henrique pague fiança de R$ 2 milhões para evitar interferência nas investigações e garantir presença em juízo. Também solicita proibição de firmar contratos publicitários com casas de apostas e de abrir contas nesses sites.
O recurso será apreciado por instâncias superiores, e a eventual inclusão do estelionato no processo pode mudar a estratégia de defesa do jogador, elevando os riscos jurídicos. A acusação sustenta que houve prejuízo financeiro direto às casas de apostas.
Se condenado por fraude esportiva, o jogador pode pegar de dois a seis anos de prisão. Caso o estelionato seja incluído, a pena pode aumentar. O MP classificou como “duplo equívoco” a decisão que rejeitou essa acusação e não impôs medidas cautelares.
Paralelamente, Bruno Henrique responde a processo no Superior Tribunal de Justiça Desportiva, que pode suspendê-lo por até dois anos. A análise do recurso no Judiciário comum ainda não tem prazo para decisão, mantendo o caso em aberto.
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