Chegada do Pix Parcelado em setembro é discutida no ISFM NEWS

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O programa ISFM News desta terça-feira (12) debateu a provável chegada do pix parcelado em setembro enquanto o modelo recebe críticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A nova modalidade permitirá dividir pagamentos via Pix com juros.

Joaquim Fernandes, advogado, afirmou que bancos americanos já exploram sistema parecido, com cartão de débito que converte automaticamente para a moeda necessária. Para ele, isso gera concorrência aos grandes bancos e às big techs como WhatsApp e Facebook.

O advogado estranhou a postura dos EUA ao tratarem o Pix como ameaça, lembrando que bancos como o JP Morgan usam serviços semelhantes. Segundo ele, a modalidade é mais barata que o cartão de crédito para despesas internacionais.

Para Joaquim, a crítica americana faz parte de uma estratégia para proteger empresas do país. Ele disse que “estão pegando os bodes na sala, seja o Jair Bolsonaro, seja o Pix, para fortalecer companhias que competem livremente no mercado”.

Benjamin Rodriguez Lopez, médico, destacou que o Pix não é taxado para quem recebe, diferentemente do cartão, que cobra juros sobre transações. Para ele, isso elimina custos e amplia vantagens para empresas e consumidores no Brasil.

Ele apontou que a ferramenta enfraquece a atuação de doleiros, assim como o reconhecimento facial nos estádios reduziu a ação de cambistas. “São medidas irreversíveis, não vai se voltar atrás”, afirmou durante sua participação no programa.

O médico também comentou que Trump reage com ameaças e discursos fortes para se colocar como líder do “mundo livre” contra mudanças que não controla. Segundo ele, essa postura reflete disputas econômicas e políticas mais amplas.

Apresentado por Paulo Schiff, o ISFM News vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 7h às 8h30, na rádio ISFM 100,7. O programa também pode ser acompanhado ao vivo ou sob demanda no canal oficial da emissora no YouTube.

A notícia

A partir de setembro, o Banco Central lançará o Pix Parcelado, que permitirá pagar compras via Pix em parcelas com juros, de forma semelhante ao cartão de crédito. O vendedor receberá o valor integral na hora, enquanto o comprador quitará em prestações.

A nova função poderá ser usada em qualquer transação via Pix, incluindo transferências entre pessoas. O objetivo é aumentar o uso do sistema no varejo e permitir compras de maior valor, beneficiando consumidores sem cartão de crédito.

O BC destaca que o recurso tem potencial para alcançar cerca de 60 milhões de brasileiros que não possuem cartão de crédito, ampliando o acesso a operações parceladas e oferecendo alternativa ao crédito tradicional do mercado.

Para 2026, o Banco Central planeja lançar o Pix em Garantia, que permitirá usar parcelas a receber como garantia em operações de crédito. A iniciativa deve ampliar a competitividade, reduzir custos e estimular a adoção de novos hábitos de consumo.

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