Presidente critica retaliação americana e cobra diálogo direto com Washington após medidas que afetam exportações brasileiras

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Durante evento em Minas Gerais, Lula reagiu à decisão de Trump de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. O presidente brasileiro associou a medida a pressões políticas, e afirmou que o Brasil não aceitará interferências externas.
Apesar de o vice-presidente ter falado com o secretário de Comércio dos EUA, não há negociação em andamento. Empresários tentam intermediar contatos, mas, até agora, nenhum avanço concreto chegou à Casa Branca. A tensão se aprofunda no campo político.
Em discurso, Lula ironizou a situação comparando-a a uma partida de truco, jogo em que é necessário ter estratégia, blefe e sorte. “Se ele estiver trucando, ele vai tomar um seis”, declarou, em recado direto a Trump, que ainda não respondeu aos contatos do Brasil.
Segundo o governo brasileiro, uma carta foi enviada aos EUA em 16 de maio e dez reuniões foram realizadas, sem retorno. Lula cobrou que Trump “pegue o telefone e ligue”, e rejeitou pressão sobre recursos estratégicos como nióbio, petróleo e alimentos.
O Planalto reforça que discussões sobre minerais críticos devem ocorrer entre Estados, não com mineradoras e diplomatas. O clima entre os dois países é de impasse, sem estratégia clara do Brasil e com poucas cartas para blefar. Resta confiar na sorte.
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