Ex-presidente estava acompanhado da família e de aliados políticos; Michelle Bolsonaro discursou sobre o sofrimento da família com a “falta de liberdade”

Créditos: Wilton Junior/Estadão
Após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidir descartar a prisão preventiva de Jair Bolsonaro, o ex-presidente participou de um culto evangélico nesta quinta-feira (24), no qual se emocionou e chorou durante o sermão. Bolsonaro, que estava usando tornozeleira eletrônica, sentou-se na primeira fila da igreja e permaneceu em silêncio durante toda a cerimônia.
Além de Bolsonaro, estavam presentes no culto o filho mais novo do ex-presidente, o vereador Jair Renan, o senador Magno Malta e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Durante a cerimônia, Michelle fez um discurso emocionado, falando sobre o sofrimento da família com a “falta de liberdade” e a exposição pública enfrentada nos últimos meses. Ela afirmou que a “perseguição dói” e que a falta de liberdade é um sofrimento constante, destacando o impacto emocional que isso tem sobre sua família.
“A perseguição dói, a falta de liberdade dói. Dói não poder sair com a família, dói não poder ir ao McDonald’s com a minha filha e não poder chegar e pedir o pedido, ter que afirmar”, disse Michelle, visivelmente emocionada.
A presença de Bolsonaro no culto ocorre após uma decisão de Moraes que, embora tenha descartado a prisão preventiva do ex-presidente, reforçou que ele não está proibido de conceder entrevistas a veículos de imprensa. No entanto, Moraes alertou que qualquer manifestação pública de Bolsonaro que incite “milícias digitais” contra a soberania nacional será considerada uma violação das medidas cautelares impostas.
Em sua participação no culto, o ex-presidente foi abordado pela imprensa, mas preferiu não fazer declarações. “Eu não vou falar, pelo amor de Deus”, disse Bolsonaro, evitando se manifestar sobre o momento político que vive.
A situação de Bolsonaro segue sendo monitorada de perto pelas autoridades, que aguardam qualquer possível violação das medidas cautelares determinadas pela Justiça. O ex-presidente tem evitado se manifestar publicamente para não correr o risco de ser preso, em função das restrições impostas pelo Supremo Tribunal Federal.