Pagamento foi viabilizado por Rubens Menin, sócio da SAF do Galo

Créditos: Pedro Souza / Atlético
O Atlético-MG quitou nesta quarta-feira (23) os valores em atraso com jogadores, como direito de imagem e luvas. O pagamento foi feito com verba de Rubens Menin, sócio da SAF. Houve reunião na Arena MRV para apaziguar os ânimos e evitar novas ações judiciais.
A medida foi tomada após cobranças públicas de atletas como Rony, Guilherme Arana, Gustavo Scarpa e Igor Gomes. Na terça, Rony havia pedido rescisão contratual por atrasos, mas voltou atrás após conversa com Cuca, Paulo Bracks e o executivo Victor.
O atacante cobrava cerca de R$ 2 milhões do clube. Além dele, outros atletas apontaram pendências em luvas, bichos, comissões e salários. As pressões forçaram a cúpula do Galo a intervir antes da partida contra o Bucaramanga, nesta quinta.
A crise reflete o cenário financeiro do Galo, que fechou 2024 com R$ 300 milhões de prejuízo e dívida estimada entre R$ 1,8 bi e R$ 2,3 bi, segundo estudo de César Grafietti. O clube estima entre 19 e 22 anos para quitar os débitos atuais.
Com dificuldades de fluxo de caixa, o Atlético estuda captar novo aporte ainda neste semestre. A busca é por investidores externos, mas os atuais acionistas também podem injetar recursos para equilibrar as contas da SAF.
Parte da operação inclui possível mudança na cláusula anti-diluição, que pode reduzir a fatia da associação na SAF de 25% para 10% ou menos. Para isso, seria necessário um aporte de ao menos R$ 200 milhões via aumento de capital e novas ações.
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