Derrota para o Uruguai em 1950 virou símbolo da dor nacional no futebol

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Há exatos 75 anos, o Brasil vivia um de seus dias mais dolorosos no futebol. No Maracanã, diante de quase 200 mil torcedores, a Seleção foi derrotada pelo Uruguai por 2 a 1, em jogo decisivo da Copa do Mundo de 1950. A expectativa era de título, mas veio a desilusão.
O time de Zizinho, Jair e Ademir chegou invicto à rodada final, após goleadas sobre México, Suécia e Espanha. Bastava um empate contra os uruguaios para erguer a taça. E tudo parecia caminhar bem quando Friaça abriu o placar aos dois minutos do segundo tempo.
A confiança nas arquibancadas era total. Havia clima de festa no Rio de Janeiro, bandas tocavam como se fosse Carnaval, e até políticos discursavam entre os jogadores. Mas aos poucos, a Celeste Olímpica foi impondo sua mística e virou o jogo com gols de Schiaffino e Ghiggia.
Aos 34 minutos, Ghiggia chutou rasteiro no canto de Barbosa e calou o Maracanã. A bola não parecia perigosa, mas entrou. O goleiro passou a ser tratado como vilão e sofreu discriminação pelo lance até os últimos anos de sua vida. O silêncio no estádio virou símbolo nacional.
Após o apito final, o Brasil mergulhou em lágrimas. A Seleção deixou o campo atônita, sem entender o que acontecera. Danilo chegou a declarar: “Quisera que a terra me tragasse”. O que era sonho virou pesadelo. Nas ruas, o país ficou em luto por dias.
Décadas depois, o Maracanazo passou a ser visto sob outro olhar. Não como vergonha, mas como uma grande tristeza. Vergonha, muitos diriam, foi o que aconteceu no Mineirão, em 2014, quando o Brasil foi goleado pela Alemanha por 7 a 1, também em casa.
O tempo não apaga o que se viveu em 1950. Ghiggia virou herói uruguaio, Barbosa virou mártir de uma derrota que não foi só dele. O Maracanazo continua sendo uma ferida histórica, mas também uma lembrança de como o futebol pode unir, comover e marcar um país para sempre.
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