Presidente dos EUA dá prazo de 50 dias para cessar-fogo na guerra e promete envio de sistema antimísseis Patriot
Créditos: Kevin Dietsch/Getty Images/AFP
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (14) um pacote de sanções comerciais contra a Rússia, condicionando a aplicação à ausência de um acordo de cessar-fogo na Ucrânia nos próximos 50 dias. As medidas incluem tarifas de 100% sobre produtos russos e sanções secundárias contra países que mantêm relações comerciais com Moscou, especialmente no setor de energia.
As declarações ocorreram durante reunião com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, na Casa Branca. No encontro, o presidente americano reafirmou a retomada do apoio militar à Ucrânia, incluindo o envio de novas baterias do sistema de defesa aérea Patriot, considerado o mais avançado armamento ocidental de interceptação de mísseis e drones. O equipamento será fornecido com suporte logístico da Otan, que ficará responsável pelos custos, conforme anunciado.
Desde o início do segundo mandato de Trump, em janeiro de 2025, a relação com a Rússia passou por oscilações. Inicialmente, o governo dos EUA demonstrou abertura para negociações diretas com Moscou, chegando a propor um cessar-fogo sem a participação da Ucrânia nas conversas. No entanto, a postura mudou após repetidas recusas do governo russo em aceitar condições estabelecidas por Washington.
Além da imposição das tarifas, Trump demonstrou insatisfação com a condução do conflito por parte de Vladimir Putin. Em ocasiões anteriores, o presidente dos EUA chegou a sinalizar decepção com a atuação russa, especialmente após novos bombardeios em Kiev resultarem em dezenas de mortes.
O plano anunciado inclui também um projeto legislativo em tramitação no Congresso americano, que prevê autorização para a Casa Branca aplicar tarifas de até 500% a países que importem petróleo, gás e urânio da Rússia. Embora tenha sinalizado apoio à proposta, Trump indicou que já possui mecanismos suficientes para implementar as sanções sem a necessidade de nova aprovação legislativa.
Com as recentes medidas, os Estados Unidos retomam sua aliança militar com a Ucrânia, após um período de distanciamento marcado por críticas públicas e tensão entre Trump e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. A nova ofensiva diplomática e militar representa uma guinada na política externa americana em relação à guerra do Leste Europeu.
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