Réu usava pseudônimos e técnicas de ocultação para cometer crimes cibernéticos contra parlamentares e adolescentes
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) obteve, em primeira instância, a condenação de um réu investigado por diversos crimes cibernéticos, incluindo ameaças às deputadas estaduais Beatriz Cerqueira (PT), Bella Gonçalves (Psol) e Lohanna (PV). A sentença estabelece pena de 12 anos e nove meses de prisão, em regime inicial fechado.
As investigações apontaram que o condenado utilizava múltiplos perfis falsos e técnicas de anonimato para cometer crimes como ameaça, injúria, violência psicológica, denunciação caluniosa, divulgação de imagens íntimas de adolescentes, incitação à automutilação, uso de símbolos nazistas, além de associação criminosa e corrupção de menores.
A ação penal foi conduzida pela 12ª Promotoria de Justiça de Belo Horizonte, com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate aos Crimes Cibernéticos (Gaeciber) e das polícias Civil e Militar. Segundo o promotor André Salles Dias Pinto, coordenador do Gaeciber, a sentença é um marco na luta contra crimes digitais e demonstra a eficiência da atuação conjunta das instituições.
A decisão judicial ainda é passível de recurso. A condenação foi mencionada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta terça-feira (13), durante pronunciamentos em sessão ordinária.
