Israel deporta Greta Thunberg após interceptação de barco com ajuda humanitária a Gaza

Ativista foi detida em alto mar ao tentar romper bloqueio naval, deportada e autoridades divergem sobre operação

Reprodução/Heute

A ativista sueca Greta Thunberg foi deportada de Israel após sua participação em uma missão humanitária em um barco britânico, a Madleen, que tentava quebrar o bloqueio naval imposto ao Gaza. A embarcação foi interceptada em águas internacionais na madrugada de segunda-feira (9), sob ordens do ministro da Defesa israelense Israel Katz.

As forças navais israelenses removeram os passageiros, incluindo Thunberg, e os levaram para o porto de Ashdod, onde receberam atendimento médico e alimentos. Após a detenção, Thunberg aceitou ser enviada para a França — a partir de onde seguiria para a Suécia — junto com outros três ativistas que também optaram pela repatriação voluntária.

Em comunicado, ela relatou que se sentiu “sequestrada” em águas internacionais e classificou a ação como ilegal, denunciando a situação como parte de um processo de genocídio em Gaza. Thunberg se recusou a assinar um documento admitindo entrada ilegal em Israel, mas autorizou sua saída imediata.

O governo israelense qualificou a iniciativa como um “golpe de marketing” e considerou simbólicas as pequenas quantidades de ajuda (arroz e leite em pó) a bordo. Oficialmente, a remessa foi enviada a Gaza por canais humanitários autorizados.

Reações internacionais incluem críticas da ONU, que pediu que novas embarcações testem o bloqueio, e de países europeus, como Reino Unido e França, que solicitaram liberação imediata dos ativistas. Nos EUA, Donald Trump ridicularizou a deportação, sugerindo que Thunberg fazia terapia de raiva.

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