Manifestantes reagem contra ações de imigração; envio da Guarda Nacional é criticado por líderes locais e organizações internacionais

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Protestos em larga escala tomaram as ruas de Los Angeles nos últimos dias em resposta às operações de imigração conduzidas pelo Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas dos EUA (ICE). A mobilização levou o presidente Donald Trump a federalizar tropas da Guarda Nacional para conter as manifestações, gerando forte reação de autoridades locais e organizações de direitos humanos.
A polícia de Los Angeles declarou “alerta tático” em toda a cidade após confrontos em rodovias e bloqueios organizados por grupos de manifestantes. Segundo autoridades locais, os protestos começaram de forma pacífica, mas evoluíram para confrontos após a chegada de forças federais.
O governador da Califórnia, Gavin Newsom, criticou o envio das tropas federais sem consulta prévia, classificando a ação como “desrespeito à soberania do estado”. Ele pediu publicamente a retirada da Guarda Nacional e retomada do controle estadual das operações de segurança.
A Anistia Internacional também condenou a decisão do governo federal, chamando-a de “alarmante” e denunciando que a medida visa “reprimir a dissidência e espalhar medo”. Paul O’Brien, diretor da Anistia Internacional nos EUA, afirmou que o foco deveria ser proteger os direitos civis e não militarizar o controle de manifestações.
Em resposta, o ex-presidente Trump, que lidera as ações do governo federal, declarou que “multidões violentas estão atacando agentes federais” e que “a segurança nacional está em risco”. Ele também sinalizou a possibilidade de mobilizar os fuzileiros navais caso os protestos continuem a escalar.
Fontes da imprensa internacional relatam dezenas de prisões e uso de gás lacrimogêneo contra manifestantes. Organizações civis e parlamentares democratas acusam o governo de uso excessivo da força e alertam para a criminalização do direito ao protesto.