Rapper enfrenta acusações de liderar rede criminosa com coerção sexual e violência; julgamento deve durar até dois meses
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O rapper e produtor musical Sean “Diddy” Combs, de 55 anos, começou a ser julgado nesta segunda-feira (5) em Nova York, acusado de liderar uma rede criminosa envolvida em tráfico sexual, extorsão e transporte de pessoas para fins de prostituição. Se condenado, ele pode enfrentar prisão perpétua.
O processo teve início com a seleção do júri no Tribunal Federal do Distrito Sul de Nova York, sob responsabilidade do juiz Arun Subramanian. A previsão é que o julgamento se estenda por até dois meses. Combs está detido desde setembro de 2024 no Centro de Detenção Metropolitano do Brooklyn, após ter a fiança negada por três vezes.
A promotoria alega que Combs utilizou sua influência na indústria do entretenimento para coagir mulheres a participarem de festas com práticas sexuais forçadas, conhecidas como “freak offs”. As vítimas teriam sido drogadas, agredidas e, em alguns casos, filmadas sem consentimento. Entre os crimes atribuídos à suposta organização estão sequestro, suborno, obstrução de justiça e porte ilegal de armas.
Uma das principais testemunhas é a ex-parceira de Combs, a cantora Cassie Ventura, que o acusa de abuso físico e sexual durante o relacionamento entre 2007 e 2018. Um vídeo de 2016, divulgado pela CNN, mostra uma agressão de Combs contra Ventura e será apresentado como prova no julgamento.
A defesa do artista afirma que todas as relações foram consensuais e nega a existência de uma rede criminosa. Combs rejeitou um acordo proposto pela promotoria, optando por enfrentar o julgamento.
Além das acusações criminais, o rapper enfrenta mais de 60 processos civis relacionados a abuso sexual. O caso é considerado um dos mais emblemáticos envolvendo figuras públicas nos Estados Unidos nos últimos anos.