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A Stronghold Infra Investiments Ltda., citada na operação Carbono Oculto contra o crime organizado, demonstrou interesse em assumir o maior terminal de combustíveis do Porto de Santos. A companhia chegou a ser habilitada no chamamento público realizado pela Autoridade Portuária de Santos (APS) em 2024, mas o processo não avançou.
Deflagrada no mês passado, a operação é conduzida por força-tarefa liderada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e investiga empresas supostamente usadas pelo PCC em crimes como lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e outras fraudes.
No caso do Porto de Santos, a Stronghold integrava um consórcio interessado na área STS08, de 152,3 mil m², localizada na Alemoa e destinada à movimentação, armazenagem e distribuição de combustíveis. Porém, como outras cinco empresas também manifestaram interesse, a APS foi obrigada a abrir licitação, ainda sem data definida. Se fosse a única ofertante, a Stronghold teria o contrato garantido.
Em nota, a empresa afirmou que suas atividades “são pautadas na legalidade, transparência e boa fé objetiva, auditadas e fiscalizadas por órgãos competentes, sem participação em condutas investigadas”.
Expansão no Paraná
Em dezembro de 2023, a Stronghold adquiriu a Liquipar Operações Portuárias S.A., responsável pelo terminal PAR50, no Porto de Paranaguá (PR). O espaço, de 85 mil m², possui capacidade para armazenar 70 mil m³ de combustíveis e outros granéis líquidos.
Em junho deste ano, a companhia anunciou investimento de R$ 589 milhões para ampliar o terminal, incluindo a construção de um novo píer, dragagem da área de acesso aquaviário, expansão do parque de tancagem e modernização dos sistemas operacionais. O aporte tirou o interesse da Stronghold em disputar o terminal do Porto de Santos.