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Operação Muro ao Lado desmantela rede de tráfico de drogas, lavagem de capitais e corrupção em Minas Gerais e outros estados

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) apresentou denúncia contra 35 pessoas acusadas de envolvimento em uma organização criminosa estruturada, com atuação em diversas cidades de Minas Gerais, como Ituiutaba, Uberlândia, Centralina, Pará de Minas, Belo Horizonte, Esmeraldas e Contagem, além de municípios nos estados de São Paulo e Mato Grosso. Os crimes incluem organização criminosa, associação para o tráfico interestadual de drogas, tráfico de drogas, posse de arma de fogo de uso restrito, e lavagem de capitais.

A denúncia é resultado da Operação Muro ao Lado, iniciada após a prisão de um homem em flagrante no dia 24 de fevereiro de 2025, com aproximadamente 40 quilos de maconha. A investigação revelou uma rede criminosa altamente estruturada, dividida em núcleos como liderança e fornecimento, distribuição regional (atacadistas), logística (estocagem e transporte), lavagem de capitais e pagamento fragmentado (varejistas).

De acordo com a denúncia da 4ª Promotoria de Justiça de Ituiutaba, o grupo operava de forma profissional, utilizando aparelhos celulares, sistemas de comunicação cifrada, padronização de preços e procedimentos, além de fragmentação sistemática de pagamentos por meio de contas bancárias de terceiros e empresas de fachada, dificultando a identificação da origem e destino dos valores movimentados. A movimentação total de recursos do grupo ultrapassou R$ 400 mil, apenas representando uma fração das operações ilícitas do grupo.

A Operação Muro ao Lado foi deflagrada pela Polícia Civil, com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em duas fases: a primeira no 13 de agosto e a segunda no 13 de outubro. Durante as ações, foram presos membros da organização, e apreendidos drogas, armas, celulares e equipamentos usados no tráfico. A movimentação de drogas atribuída ao grupo somou aproximadamente 284,89 kg, entre maconha, cocaína, ecstasy e LSD.

Além disso, foi constatado que a organização possuía ramificações corruptoras, com a cooptação de um policial civil lotado em Ituiutaba. O policial repassava informações sigilosas ao líder da organização, comprometendo a investigação e frustrando prisões e apreensões.

A Polícia Civil segue com as investigações, e o MPMG aguarda as medidas judiciais contra os denunciados.

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