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Cubatão, na Baixada Santista, foi confirmada como a única cidade do Estado de São Paulo a participar da Zona Azul da COP30 — a área de negociações oficiais da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que acontece de 10 a 21 de novembro de 2025, em Belém (PA). A região aproveita o momento para reforçar o compromisso com a meta de neutralidade de carbono até 2050.
Conhecida nos anos 1980 como o “Vale da Morte” devido à intensa poluição industrial, Cubatão passou por um processo de reestruturação ambiental e agora se apresenta como símbolo da recuperação ecológica brasileira. O município integra ainda a Zona Verde da conferência, espaço destinado à sociedade civil, instituições e lideranças que discutem inovação e sustentabilidade.
A apresentação oficial ocorrerá no dia 15 de novembro, às 15h, apenas 34 cidades no mundo possuem o selo “Cidade Verde do Mundo” emitido pela ONU — 13 delas estão em São Paulo, incluindo Cubatão.
A Baixada Santista, liderada por Cubatão, estabeleceu sua meta regional de carbono zero até 2050 durante a terceira edição da “Jornada de Descarbonização”, realizada no primeiro semestre deste ano. A iniciativa reuniu empresas, poder público e especialistas em torno de uma agenda ambiental comum.
Entre os projetos que serão apresentados na COP30 estão cinco conjuntos habitacionais que eliminam ocupações irregulares em áreas de risco, a recuperação de três milhões de metros quadrados de manguezais e a readequação de comunidades vulneráveis. Outros destaques incluem a revitalização do Parque Natural Cotia como polo de ecoturismo, o Projeto de Biotecnologia para Resíduos Sólidos, e o programa “Cidade Resiliente às Mudanças Climáticas”, que prevê soluções urbanas como telhados verdes e pavimentos permeáveis.
O plano mais ambicioso, intitulado “Cidade Verde e Tecnológica”, projeta a neutralização total das emissões de carbono de Cubatão até 2035, com foco na matriz energética limpa, produção de hidrogênio verde e criação de fazendas solares. A cidade também aposta em corredores ecológicos, coleta seletiva com frota carbono neutro, e iniciativas de educação ambiental e ecoturismo.
