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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu alta hospitalar na tarde desta quarta-feira (17) após exames confirmarem a presença de câncer de pele em duas lesões removidas no último domingo (14). Segundo o médico Claudio Birolini, chefe da equipe cirúrgica do Hospital DF Star, em Brasília, trata-se de carcinoma de células escamosas “in situ”, uma forma inicial e tratável da doença.
Bolsonaro havia sido internado na terça-feira (16), após apresentar crises de soluço, vômito e queda de pressão arterial. Ele passou a noite em observação, recebeu hidratação e medicação intravenosa, e teve melhora da função renal.
“Duas das lesões vieram positivas para o carcinoma de células escamosas, que não é nem o mais bonzinho e nem o mais agressivo, mas, ainda assim, é um câncer de pele”, explicou Birolini. O médico afirmou que as lesões, localizadas no tórax e em um braço, foram retiradas e não exigem tratamento adicional imediato. O ex-presidente deverá ser submetido a avaliações periódicas para monitorar o surgimento de novas alterações na pele.
O carcinoma de células escamosas é um dos tipos mais comuns de câncer de pele. Quando está na fase “in situ”, significa que está restrito à camada mais superficial da pele, com alta chance de cura após a retirada cirúrgica.
Bolsonaro cumpre prisão domiciliar após condenação a 27 anos e 3 meses de prisão por participação em uma trama golpista. Ele ainda deve apresentar atestado médico ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Confira a íntegra do boletim médico divulgado nesta quarta:
“O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro foi admitido no Hospital DF Star na tarde do dia 16 de setembro, devido a quadro de vômitos, tontura, queda da pressão arterial e pré-síncope. Apresentou melhora dos sintomas e da função renal após hidratação e tratamento medicamentoso por via endovenosa.
O laudo anátomo patológico das lesões cutâneas operadas no domingo mostrou a presença de carcinoma de células escamosas ‘in situ’, em duas das oito lesões removidas, com a necessidade de acompanhamento clínico e reavaliação periódica. Recebe alta hospitalar, mantendo o acompanhamento médico.”
Brasília, 17 de setembro de 2025
Dr. Cláudio Birolini – Médico chefe da equipe cirúrgica
Dr. Leandro Echenique – Médico Cardiologista
Dr. Guilherme Meyer – Diretor Médico do Hospital DF Star
Dr. Allisson Barcelos Borges – Diretor Geral do Hospital DF Star