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O Ministério Público da Itália emitiu parecer favorável à extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), atualmente presa preventivamente em Roma. A decisão representa um avanço no processo que pode levar ao retorno da parlamentar ao Brasil para cumprir as penas impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Zambelli foi presa em 29 de julho, após cooperação entre autoridades brasileiras e italianas, e está detida na penitenciária feminina de Rebibbia. A Corte de Apelação de Roma considerou haver “grave risco de fuga” caso a deputada permanecesse em liberdade. Ela entrou na Itália logo após o STF decretar sua prisão preventiva, em 4 de junho, no contexto do cumprimento de uma sentença condenatória.
A Advocacia-Geral da União (AGU), que representa o Estado brasileiro no processo, confirmou nesta quarta-feira (22) o parecer positivo da promotoria italiana. A extradição depende agora da decisão final da Justiça da Itália.
Condenações no Brasil
Carla Zambelli acumula duas condenações no Supremo. A primeira foi de 10 anos e 8 meses de prisão pelos crimes de invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsidade ideológica, em associação com o hacker Walter Delgatti Neto.
Na segunda, a deputada foi sentenciada a 5 anos e 3 meses de prisão por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal. O caso envolveu a perseguição armada ao jornalista Luan Araújo, durante o segundo turno das eleições de 2022, em São Paulo.
Além das penas, ela foi condenada ao pagamento de multa de 400 salários-mínimos e à perda do mandato parlamentar, que será efetivada após o trânsito em julgado das ações.
Zambelli foi incluída na lista de difusão vermelha da Interpol antes de sua prisão na Itália.