De olho no ar-condicionado e na conta da mãe: a “fiscalização” improdutiva de um vereador

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Atuação de Túlio Michelli na Codau expõe foco em polêmicas e denúncias sem comprovação, desviando atenção de soluções para demandas reais de Uberaba

É sabido que uma das funções do vereador é fiscalizar. É sabido também que o Poder Legislativo é basilar para construção e desenvolvimento de uma cidade amparando as ações do Poder Executivo. Porém, em Uberaba, vereadores da oposição seguem apenas a cartilha do denuncismo, sem se preocupar com o compromisso dos servidores públicos e o trabalho das instituições que são fundamentais para a cidade.

Exemplo de denuncismo sem comprovação, em que não se consegue chegar a termo e as denúncias que faz, está no vereador Túlio Michelli. Quem acompanha a política em Uberaba sabe que desde que foi eleito, em 2020, o vereador tem tentado descontruir e arranhar a imagem da Codau – autarquia responsável pelo abastecimento de água e saneamento básico da cidade. São narrativas em cima de narrativas que não passam de falácia.

O modus operandi do vereador se repete: apresenta requerimentos com dezenas de perguntas, expõe esses questionamentos nas sessões da Câmara Municipal, mas não divulga as respostas e tampouco propõe soluções práticas. Ou seja, um claro exemplo de quem quer criar polemica ao contrário de buscar soluções para os problemas que ele diz existir.

O caso mais recente foi a denúncia que fez sobre o aparelho de ar-condicionado da Codau. Em meio a tantos desafios de infraestrutura, saneamento e abastecimento que a cidade enfrenta, Michelli esteve na autarquia para “fiscalizar” o sistema de ar-condicionado. O detalhe é que o problema já havia sido detectado, o que levou a direção da autarquia a fazer uma licitação para o conserto do sistema de ar. Detalhe: a Codau havia locado um equipamento provisório para manter o ambiente refrigerado, até que o problema seja definitivamente resolvido.

Não bastasse isso, Michelli também afirmou que foi até Codau “sanar dúvidas” sobre dezenas de contas com juros e multas que teria chegado ao gabinete dele. Porém, as dezenas se contas se resumiram em apenas uma: a conta de água da mãe dele, referente ao mês de julho. A conta continha juros e multa referentes à fatura de junho.

O parlamentar levou o comprovante de pagamento da conta de julho, alegando que havia sido paga no dia e, por isso, não deveria ter acréscimos. Contudo, técnicos da Codau explicaram que a inclusão de juros e multa depende do ciclo de leitura e da data exata do pagamento, o que justifica o valor lançado.

A visita acabou ocupando tempo de servidores, sem apresentar resultado prático para os cidadãos de Uberaba. Analistas políticos destacam que esse tipo de atuação reforça a imagem de uma oposição voltada mais para gerar visibilidade pessoal do que para contribuir com soluções efetivas para os problemas da cidade.

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