A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito

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A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito policial que investigava o caso envolvendo um sargento da Polícia Militar acusado de atirar contra um entregador de frigorífico durante uma discussão de trânsito no bairro Santa Terezinha, em Juiz de Fora, no dia 26 de junho de 2024.
Segundo a investigação, o policial militar, que estava de folga e à paisana, discutiu com funcionários de um frigorífico por causa de uma vaga de estacionamento em frente ao estabelecimento. Durante o conflito, o PM sacou uma arma e disparou contra o entregador, atingindo-o gravemente. A ação foi registrada por câmeras de segurança, que mostram o momento da discussão e dos disparos.
O entregador, também de 34 anos, foi socorrido imediatamente, passou por cirurgia e se recuperou. Inicialmente ele chegou a ser preso, após alegações de que teria ameaçado o policial com uma faca de açougueiro. No entanto, após audiência de custódia, foi liberado pela Justiça.
O sargento da PM, por sua vez, afirmou que agiu em legítima defesa, justificando que temeu por sua vida diante da suposta ameaça com a faca. No entanto, a Polícia Civil considerou que houve excesso por parte do militar. O inquérito concluiu que o disparo não foi uma reação proporcional, especialmente porque não ficou comprovado que o entregador de fato portava a arma branca no momento do disparo.
Com base nas provas coletadas, depoimentos e análise das imagens, o sargento foi indiciado por tentativa de homicídio qualificado, pelos seguintes agravantes:
- Motivo fútil (briga de trânsito);
- Recurso que dificultou a defesa da vítima (a vítima foi atingida de surpresa).
O inquérito já foi encaminhado ao Ministério Público, que agora decidirá se oferece denúncia formal à Justiça. Caso isso ocorra, o policial poderá responder criminalmente pelo crime, que prevê pena de reclusão entre 12 e 30 anos, se for condenado.