Farinha “Jaózinho” é feita artesanalmente e já começa a chegar aos mercados locais

Uma iniciativa da agricultura familiar em Uberaba tem ganhado destaque com a produção da farinha de batata-doce, desenvolvida pela microempreendedora rural Nilva Borges Pedrosa. O produto, batizado de “Jaózinho”, é rico em proteínas, antioxidantes, não contém glúten, corantes ou conservantes, e começa a conquistar espaço nos mercados da cidade.
Nilva iniciou o plantio de batata-doce em meados de 2024, na propriedade da família, localizada a cerca de 10 quilômetros da zona urbana, rumo a Veríssimo. Utilizando cultivares do Instituto Agronômico de Campinas (IAC-SP), ela expandiu sua lavoura de 1.800 para 12 mil plantas em um hectare.
Com o excedente da produção e alta qualidade das raízes, ela decidiu transformar o produto em farinha. Desde março, a produção acontece em pequena escala, diretamente na propriedade, onde as batatas são lavadas, trituradas, desidratadas, moídas em liquidificador industrial e envasadas, tudo com respaldo da Vigilância Sanitária.
A farinha de batata-doce “Jaózinho” se diferencia pela alta concentração de proteínas. Enquanto a batata comum tem até 2,5 g por porção, as variedades cultivadas por Nilva apresentam entre 5 g (roxa e branca) e 9,1 g (amarela), segundo testes do IAC. Além disso, o produto é anti-inflamatório, antioxidante e contribui para o ganho de massa muscular, podendo ser usado em bolos, biscoitos e sucos.
O secretário do Agronegócio, Agnaldo Silva, elogiou a iniciativa e destacou o apoio da pasta para estimular o consumo da farinha entre os moradores de Uberaba. “A produção de Nilva é altamente positiva e incentiva outras iniciativas no meio rural”, afirmou.