Operação Martelo Virtual II desarticula quadrilha de golpes em leilões online; mais de R$ 18 milhões foram movimentados

PCMG cumpre 12 mandados de prisão e bloqueia 1.023 contas bancárias em ação contra organização criminosa

PCMG desarticula quadrilha que movimentou R$ 18 milhões em golpes de leilão online (foto: divulgação/PCMG)

Nesta terça-feira (27), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou a segunda fase da Operação Martelo Virtual, visando desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes eletrônicas e lavagem de dinheiro. A ação resultou no cumprimento de 12 mandados de prisão e 54 de busca e apreensão em 12 cidades dos estados de São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro. Foram apreendidos documentos, 32 veículos e cerca de R$ 60 mil.

As investigações, iniciadas em 2023 pela Delegacia de Polícia Civil de Frutal, apontam que o grupo atuava em pelo menos oito estados e fez mais de 250 vítimas, causando prejuízos que chegaram a R$ 200 mil por pessoa. Só no último ano, a quadrilha movimentou mais de R$ 18 milhões.

Segundo o chefe do Departamento da Polícia Civil em Uberaba, delegado-geral Felipe Colombari, a operação mobilizou mais de cem policiais e contou com a colaboração das polícias civis do Paraná e de São Paulo. O grupo criava sites falsos de leilão de veículos, promovidos por anúncios pagos na internet. As vítimas eram enganadas e realizavam transferências via Pix para contas de terceiros.

A investigação utilizou Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) do Coaf, que identificaram movimentações suspeitas e auxiliaram no rastreamento da ocultação de valores. Foram bloqueadas 1.023 contas bancárias de 82 pessoas físicas e jurídicas, além do sequestro de bens que somam R$ 18 milhões, bloqueio de 86 imóveis, três motos aquáticas e 506 veículos.

O delegado João Carlos Garcia Pietro Júnior, que coordenou as investigações, detalhou que o grupo possuía uma estrutura complexa, com divisão clara de funções, desde a criação dos sites até a lavagem de dinheiro. Parte dos recursos era enviada a um grupo familiar em São Paulo, responsável por ocultar os valores.

A PCMG orienta a população a desconfiar de sites com ofertas muito abaixo do mercado e a não concretizar negociações suspeitas.

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