Laudo aponta excesso de velocidade e ausência de cinto como causas do acidente no trevo entre Araguari e Tupaciguara

A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou o motorista do ônibus da viação Guanabara por 12 homicídios e 46 tentativas de homicídio, em decorrência do grave acidente ocorrido na madrugada de 8 de abril, no trevo entre Araguari e Tupaciguara. A tragédia deixou 11 mortos no local e, posteriormente, mais uma vítima faleceu entre os 10 feridos, totalizando 12 mortes.
Durante coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (15), o perito criminal Daniel Luiz de Souza detalhou que o ônibus trafegava a 96 km/h, velocidade considerada muito acima do adequado para a realização de curvas em trevos, onde o limite deveria ser, no máximo, 50% menor.
Outro fator agravante identificado foi a ausência do uso de cintos de segurança por parte dos passageiros. Muitos foram arremessados para fora do veículo, que tombou sobre eles logo em seguida.
A empresa Real Expresso, pertencente ao Grupo Guanabara, responsável pelo ônibus, afirmou que segue colaborando com as investigações “com total transparência e responsabilidade”.
O ônibus havia partido de Anápolis (GO) em direção a São Paulo (SP), com dezenas de passageiros a bordo.