Bala perdida atravessa telhado e quase atinge crianças em São Vicente

Projétil atravessou a garagem onde crianças brincavam horas antes; caso não foi registrado na delegacia

Arquivo Pesosal

Uma moradora do bairro Jóquei Clube, em São Vicente, levou um susto ao encontrar um projétil de arma de fogo dentro da própria casa, na manhã da última sexta-feira (2). O disparo, ocorrido por volta de 0h30, atravessou a telha da garagem e caiu no chão do imóvel. O caso só foi notado ao amanhecer, quando a família percebeu o dano causado pela bala perdida.

Horas antes do ocorrido, a casa estava cheia. Segundo relato publicado pela moradora nas redes sociais, ela havia recebido visitas no dia anterior, incluindo crianças, que brincaram no local até por volta das 22h. “Foi um livramento”, escreveu, ao lembrar que o projétil atingiu exatamente a área onde os pequenos estavam pouco tempo antes.

Durante a madrugada, já deitados, os moradores chegaram a ouvir um “barulho seco”, mas não imaginaram a gravidade do que tinha acontecido. “Achei que fosse a vassoura que tivesse caído no chão, não fomos conferir”, contou. Só na manhã seguinte, ao sair na garagem, notaram o buraco no telhado e encontraram a bala no chão.

O episódio acendeu o alerta entre os vizinhos. Embora a região não registre tiroteios frequentes, a ocorrência de um disparo que atinge uma residência levanta dúvidas sobre a presença de armas em circulação e a falta de controle nas imediações. Moradores relatam que, nos últimos meses, aumentaram os relatos de barulhos semelhantes durante a madrugada.

Nas redes sociais, internautas cobraram providências do poder público e apontaram o sentimento de insegurança crescente em bairros afastados do centro de São Vicente. “Poderia ter acontecido uma tragédia. E ninguém vai atrás para saber de onde veio esse tiro?”, questionou uma moradora em um grupo local.

Apesar da gravidade, o caso não foi registrado na delegacia até o fechamento desta matéria. A moradora afirmou que pretende procurar as autoridades, mas lamentou a descrença na eficácia das investigações. “A gente fica com medo de se expor e não ter retorno”, desabafou.

A Prefeitura de São Vicente e a Polícia Militar foram procuradas, mas não responderam aos questionamentos até o momento.

Enquanto isso, moradores seguem convivendo com a sensação de que, a qualquer momento, podem ser alvos involuntários de uma violência que se espalha, silenciosa, pelas ruas do bairro.

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