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Presidente da CBF e deputada viram alvo de operação da Polícia Federal por suspeita de compra de votos

Operação Caixa Preta investiga crimes eleitorais nas eleições municipais de 2024

Créditos: @rafaelribeirorio / CBF

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (30) a Operação Caixa Preta, que apura suspeita de compra de votos nas eleições municipais de 2024 em Roraima. Entre os alvos estão o presidente da CBF, Samir Xaud, a deputada federal Helena da Asatur (MDB-RR), o empresário Renildo Lima e o superintendente do DNIT, Igo Brasil.

Ao todo, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão em Boa Vista e no Rio de Janeiro, incluindo a sede da CBF. A operação decorre da prisão em flagrante de Renildo Lima, em setembro de 2024, com R$ 500 mil em espécie – parte do valor estava escondido na cueca. A suspeita é de que o dinheiro seria usado para compra de votos.

Em nota, a CBF afirmou que a operação não tem relação com o futebol brasileiro e que Samir Xaud “não é o centro das apurações”. A entidade ainda disse que nenhum material foi apreendido na sede e que o presidente está tranquilo e à disposição das autoridades para esclarecimentos.

Do mesmo partido e grupo político, Samir e Helena têm forte atuação em Roraima. Samir, médico de formação e empresário do setor de saúde e bem-estar, é filho de Zeca Xaud, presidente da Federação Roraimense de Futebol desde 1975. Já Helena é dona de empresas de transporte e aviação no estado e declarou R$ 10 milhões em bens nas eleições de 2022.

Dois dias antes da operação, Samir se reuniu com o diretor-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues, em Brasília. O encontro tratou de um possível acordo de cooperação para combater manipulação de resultados, garantir segurança em eventos da CBF e apoiar o Mundial Feminino de 2027. Segundo fontes da PF, o diretor não sabia da operação.

Esta não é a primeira controvérsia envolvendo o presidente da CBF. Samir já foi acusado de fraude enquanto dirigia o Hospital Geral de Roraima, em caso que gerou ação do Ministério Público por simulação de serviços e prejuízo de R$ 1,4 milhão. Em 2020, também foi afastado do cargo de perito por suposto erro médico.

Apesar do foco político e empresarial da investigação, o impacto sobre a CBF reacende debates sobre a condução da entidade máxima do futebol. Samir foi eleito em maio como o mais jovem presidente da história da CBF, após três anos à frente da federação estadual. Até o momento, ele não comentou publicamente sobre a operação.

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