Diretoria do Timão tenta evitar a perda do jogador holandês em meio à crise
Créditos: Brasileirão / Reprodução
O Corinthians enfrenta um dilema na janela de transferências: precisa arrecadar R$ 181 milhões, mas não quer perder Memphis Depay. O atacante é alvo do Besiktas, da Turquia, e tem contrato com multa rescisória de 10 milhões de euros válido até julho de 2026.
O clube turco ainda não formalizou proposta, mas, caso pague a multa, pode levar o camisa 10. O Corinthians, no entanto, teria direito apenas à metade do valor, cerca de R$ 32 milhões. A diretoria considera o jogador peça-chave e não quer negociá-lo neste momento.
A imprensa turca indica que Memphis vê com bons olhos voltar à Europa. Ele foi destaque recente pela Holanda nas Eliminatórias e tem boa imagem no continente. Seu ex-companheiro de PSV, Hutchison, ídolo no Besiktas, tem conversado com o jogador.
Internamente, o Corinthians admite que só aceitaria uma proposta considerada “surreal” pelo atacante. Mesmo sem viver seu melhor momento técnico, Memphis acumula 13 gols e 14 assistências em 42 jogos, com protagonismo na final do Paulistão contra o Palmeiras.
Além da questão técnica, há impactos políticos. O presidente interino Osmar Stábile teme perder apoio se não conseguir manter Memphis após o impeachment de Augusto Melo. A venda poderia desagradar não apenas a torcida, mas também os conselheiros, em ano conturbado no clube.
Outro fator em pauta é a dívida do clube com o jogador. O Corinthians ainda não pagou o prêmio de R$ 4,7 milhões pelo título do Paulistão. Com multa de 10% por atraso, o valor já chegou a R$ 5,2 milhões, e há pendências também com funcionários ligados a Memphis.
Depay chegou ao Corinthians em setembro do ano passado e se adaptou rapidamente ao Brasil. Ele se sente bem no país e desperta carinho da torcida, mas sua permanência está ameaçada pela crise política e financeira que afeta o clube neste momento.
A diretoria avalia que qualquer negociação deve equilibrar impacto técnico e retorno financeiro. Vender Memphis por valor abaixo do esperado poderia comprometer metas esportivas e agravar ainda mais a instabilidade no futebol e nos bastidores.
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