Revendedora terá que indenizar trabalhador em R$ 5 mil por conduta discriminatória
Fotos: Reprodução Internet
A Justiça do Trabalho de Minas Gerais condenou uma revendedora de veículos de Belo Horizonte a pagar R$ 5 mil de indenização por danos morais a um funcionário demitido por causa do uso de dreads e tranças no cabelo. A decisão é da 43ª Vara do Trabalho da capital mineira.
O caso ganhou repercussão após o trabalhador apresentar um áudio em que o supervisor afirma que o visual do empregado não agradava à empresa, que buscava transmitir uma imagem mais “séria” e “básica”. O supervisor ainda sugeriu que o funcionário mudasse o estilo, proposta que foi recusada em defesa de sua identidade.
Contratado em 13 de março de 2023 para atuar no setor de marketing, o funcionário foi dispensado em 10 de abril, menos de um mês após sua admissão. Durante a entrevista de emprego, ele já utilizava o mesmo visual, o que não foi impedimento para sua contratação.
A empresa alegou em sua defesa que a dispensa ocorreu dentro do exercício do poder diretivo do empregador, conforme prevê a legislação trabalhista. Contudo, o desembargador relator do caso manteve a condenação, destacando que a demissão teve caráter discriminatório relacionado à aparência e a aspectos étnicos, mesmo sem contato direto com o público.
