ISFM NEWS aborda acareações no Supremo Tribunal Federal nesta terça-feira (24)

Especialistas questionam eficácia do procedimento e apontam viés midiático nas sessões

Créditos: Ton Molina / STF

O programa ISFM NEWS desta terça-feira (24) abordou as acareações envolvendo Mauro Cid, Braga Netto, Anderson Torres e Freire Gomes, realizadas na sede do Supremo Tribunal Federal nesta manhã.

O advogado Joaquim Fernandes criticou a eficácia do procedimento. Segundo ele, em 20 anos de atuação, requisitou acareações entre réus e testemunhas apenas quatro ou cinco vezes, sem sucesso. Para Fernandes, a prática “não serve para nada”, pois cada parte tende a manter sua versão, mesmo diante de contradições.

No caso analisado, ele considera a medida mais midiática do que prática, citando o episódio da suposta entrega de uma caixa de vinho com dinheiro como exemplo de ponto controverso que dificilmente seria esclarecido.

Em relação à reunião com Anderson Torres e Freire Gomes, Fernandes destacou a importância de registros escritos ou eletrônicos que comprovem a presença das pessoas no local.

O médico Benjamin Rodriguez Lopez avaliou que os participantes da acareação foram mal escolhidos. Em sua opinião, os generais, por serem calmos e experientes, não cairiam em contradição.

Para ele, uma acareação produtiva só ocorreria com a presença de Jair Bolsonaro, que, segundo o médico, “se for pressionado, fala o que quer e o que não quer”. Benjamin também demonstrou incômodo com o fato de Mauro Cid, mesmo sendo réu confesso, ainda permanecer como militar da ativa.

Apresentado pelo jornalista Paulo Schiff, o ISFM News é transmitido pela rádio ISFM 100,7, de segunda a sexta-feira, das 7h às 8h30. O programa também pode ser acompanhado pelo canal ISFM no YouTube.

A notícia

O general Braga Netto e o tenente-coronel Mauro Cid participaram de acareação no STF nesta terça (24), conduzida por Alexandre de Moraes. Ambos são réus por envolvimento em suposto plano golpista.

Cid tem acordo de delação com a PF. A audiência durou cerca de 1h50 e, em seguida, teve início outra acareação entre Anderson Torres, também réu, e o general Freire Gomes, que atua como testemunha no caso.

A acareação é usada para esclarecer contradições entre depoimentos. Os participantes respondem a perguntas frente a frente e a sessão é registrada por escrito, conforme prevê a legislação penal.

Braga Netto, preso no Rio de Janeiro, viajou a Brasília com tornozeleira eletrônica para comparecer presencialmente. Após a sessão, ele retornaria à prisão sem contato com terceiros, exceto com o advogado.

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