Universidade nega denúncias sobre condições do internato de Medicina e afirma que mantém estrutura, ética e rigor na formação dos alunos

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Em entrevista exclusiva ao ISNONLINE, a coordenadora do curso de Medicina da Unoeste Guarujá, Samira Haddad, respondeu às denúncias recentes que acusavam a universidade de submeter alunos do internato a condições inadequadas, como plantões exaustivos e falta de estrutura. As alegações, divulgadas em reportagens anteriores, foram categoricamente negadas pela instituição e por alunos ouvidos pela reportagem.
Estrutura e suporte garantidos, diz universidade
Samira Haddad detalhou os investimentos feitos pela Unoeste em parceria com o Hospital Santo Amaro para oferecer infraestrutura adequada aos estudantes:
“Montamos uma sala de convivência com sofás, computadores, geladeira e micro-ondas, além de beliches em quartos compartilhados com residentes. Esses espaços são exclusivos para os alunos descansarem nos intervalos.”
A coordenadora também destacou que a universidade ampliou serviços de saúde no município, como a inclusão de novas especialidades médicas e reformas em unidades básicas.
Alunos desmentem acusações
Estudantes em fase de internato, como Gabriel Henrique dos Santos de Faria, relataram experiências positivas:
“Nunca fui tratado de forma desumana. Quando precisei de apoio pessoal, a coordenação me atendeu prontamente e ajustou meu plantão sem burocracia.”
Gabriela Belém Aragão, presidente do Diretório Acadêmico de Medicina, reforçou que as reclamações não refletem a realidade:
“Nenhum aluno formalizou queixas. Pelo contrário, muitos nos procuraram indignados com a notícia, pois a Unoeste oferece estrutura e suporte psicológico quando necessário.”
Rigor ético e preparo para a profissão
Samira enfatizou que o internato segue as diretrizes do MEC e simula a rotina real de um médico, incluindo plantões escalonados e folgas pós-plantão noturno. Ela rebateu as críticas sobre pressão excessiva:
“A vida do médico exige prontidão. Se o paciente está instável, o descanso vem depois. Ensinamos isso, assim como o trabalho em equipe e a postura ética.”
A coordenadora ainda citou casos em que alunos foram reprovados por conduta inadequada, mesmo com notas suficientes: “Formar médicos vai além do conhecimento técnico. É sobre compromisso com vidas.”
Nota máxima do MEC e resposta institucional
A Unoeste destacou que seu curso de Medicina tem conceito 5 (máximo) no MEC, atestando qualidade na estrutura, corpo docente e integração com o SUS. Em nota, a universidade classificou as denúncias como “infundadas” e vinculadas a um aluno reprovado que estaria disseminando “informações inverídicas”.
Gabriela, do diretório acadêmico, lamentou o impacto das fake news: “A Unoeste faz projetos sociais que não viralizam, mas uma mentira mancha nossa reputação.”
Formação médica exige postura ética
Para encerrar, Samira Haddad foi enfática ao desmentir a ideia de que a Unoeste adota o critério “pagou, passou”:
“Existem alunos que tinham nota para ser aprovados, mas reprovaram por conduta antiética. Medicina não é só saber prescrever um remédio; é sobre humanidade e responsabilidade com vidas.”
Ela ainda ironizou as alegações de que os estudantes não teriam tempo para descansar durante plantões:
“Se você perguntar a qualquer profissional da enfermagem sobre ‘horário fixo para dormir em plantão’, vira piada. O médico descansa quando o paciente está estável e a equipe pode cobrir seu turno. Isso é a realidade dos hospitais, e preparamos nossos alunos para ela.”
A universidade reiterou que mantém o compromisso com a excelência acadêmica e formação integral, alinhado à nota máxima do MEC.
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