Seleção entra em campo com o objetivo de recuperar a boa fase nas Eliminatórias
Créditos: @rafaelribeirorio I CBF
A Seleção Brasileira entra em campo nesta quinta-feira (5), às 20h (de Brasília), diante do Equador, no Estádio Monumental de Guayaquil, em duelo válido pela 15ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.
O confronto marca a aguardada estreia de Carlo Ancelotti como técnico da equipe, e pode recolocar o Brasil nos trilhos após uma campanha irregular no torneio. A transmissão será feita pela TV Globo e pelo SporTV.
Com 21 pontos, a Seleção ocupa a 4ª colocação na tabela, atrás de Argentina, Equador e Uruguai. Já os donos da casa aparecem na vice-liderança com 23 pontos, apostando na consistência defensiva para se manter no G4.
A última vez que o Brasil atuou em Guayaquil foi em 1993, também pelas Eliminatórias, em um empate sem gols que refletia a fase de instabilidade da equipe. Trinta e dois anos depois, a Seleção chega novamente em meio a dúvidas, após uma goleada por 4 a 1 sofrida para a Argentina, que culminou na saída de Dorival Júnior e abriu caminho para Ancelotti.
Em sua primeira escalação oficial, Ancelotti deve apostar em nomes experientes para dar estabilidade ao time. O provável 11 inicial conta com Alisson; Vanderson, Marquinhos, Alexsandro e Alex Sandro; Casemiro, Bruno Guimarães e Gerson; Estêvão, Richarlison e Vini Jr.
A ausência de Raphinha, suspenso, abre espaço para o jovem Estêvão iniciar pela primeira vez como titular. O sistema preferido de Ancelotti é o 4-3-3, mas o treinador é conhecido por sua flexibilidade tática.
Dependendo do posicionamento de Estêvão, a equipe pode se adaptar a um 4-4-2, com o jovem atuando como meia centralizado. O técnico testou variações durante os três treinos comandados desde a chegada ao Equador.
Ancelotti teve pouco tempo de trabalho, com apenas três sessões de treino antes da partida, duas delas com elenco completo. A prioridade foi ajustar a saída de bola, o posicionamento nas bolas paradas e os momentos de pressão alta.
Mesmo com as limitações do período curto de preparação, a expectativa é de que o Brasil já mostre traços da nova filosofia de jogo. A meta é somar seis pontos nos dois próximos compromissos (contra Equador e Paraguai), o que praticamente garantirá vaga, ao menos, na repescagem da próxima Copa do Mundo.
Coletiva em Guayaquil
A entrevista de Carlo Ancelotti na véspera da estreia teve tom descontraído, sincero e carismático. Em um salão lotado no hotel da Seleção, o técnico italiano se mostrou à vontade e arrancou risadas ao recusar revelar a escalação com bom humor: “Os 11 iniciais me parece um pouco demasiado, não?”, brincou.
Apesar da leveza nas respostas, Ancelotti não escondeu a ansiedade natural para o início de um novo desafio. “É a primeira partida de um novo ciclo. Obviamente estou um pouco nervoso, mas também muito contente e com expectativa de que podemos fazer as coisas bem”, disse o treinador.
O técnico demonstrou admiração pelo ambiente que encontrou no Brasil desde sua chegada, citando visitas ao Cristo Redentor, à Granja Comary e a estádios de diferentes estados. “Foi tudo perfeito até agora. A ver amanhã”, comentou, em tom bem-humorado, sobre a recepção e a expectativa para a estreia.
Durante a coletiva, Ancelotti destacou o potencial individual dos atletas brasileiros, mas cobrou comprometimento coletivo. “Não dá para jogar só bem no ataque ou só na defesa. Quero uma equipe que jogue uma partida completa. Que compita, que lute, que trabalhe junto. Isso é o mais importante para mim”, afirmou.
Aposta da nova geração, Estêvão recebeu elogios especiais do técnico. “Tem talento extraordinário, mas ainda precisa aprender. O mais importante é que ele tem caráter, é humilde e tem gana. Ele pode ser o futuro da Seleção, mas temos que ter paciência”, ponderou o treinador sobre o garoto de 17 anos.
Siga o perfil @noapito_isfm no Instagram e acompanhe as últimas notícias no ISN Online.
