Manobras logísticas permitiriam reclassificar origem do óleo venezuelano, facilitando exportações para países como a China
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Empresas ligadas ao setor de petróleo da Venezuela estariam utilizando o território brasileiro como parte de um esquema internacional para driblar sanções impostas ao país sul-americano. O plano envolveria técnicas para mascarar a origem do óleo venezuelano, permitindo sua exportação como se fosse brasileiro.
A operação utilizaria práticas como o “spoofing” — adulteração do sinal de rastreamento de navios — e transferências de carga de navio para navio (conhecidas como “ship-to-ship”) realizadas em alto-mar. Essas ações permitiriam que o petróleo originário da Venezuela fosse disfarçado com documentação brasileira e comercializado internacionalmente.
A agência de notícias Reuters apurou que essas operações teriam movimentado aproximadamente US$ 1 bilhão em petróleo, com parte dos carregamentos chegando a refinarias na China.
Documentos e entrevistas analisados indicam que o uso do Brasil serviria para contornar bloqueios comerciais e facilitar o transporte do combustível sem a fiscalização existente em outras rotas, como a Malásia.
