Após recriar o lobo-terrível, a Colossal Biosciences investe em projetos de desextinção de outras espécies icônicas utilizando engenharia genética avançada

ISN Online
A empresa de biotecnologia Colossal Biosciences, sediada nos Estados Unidos, anunciou planos ambiciosos para trazer de volta à vida três espécies extintas: o mamute-lanoso, o dodô e o lobo-da-Tasmânia. Utilizando técnicas de engenharia genética, a startup busca reverter a extinção dessas espécies, seguindo os passos de seu projeto anterior que recriou o lobo-terrível.
O retorno do mamute-lanoso
No caso do mamute, extinto há milhares de anos, a empresa está editando o DNA de elefantes asiáticos, seus parentes mais próximos, para introduzir características genéticas do mamute. A ideia é criar um híbrido adaptado ao frio extremo, com expectativa de nascimento do primeiro filhote até 2028.
Dodô: o símbolo da extinção
O dodô, extinto no século XVII, também está nos planos da Colossal. Os cientistas pretendem reconstruir seu genoma a partir de DNA extraído de fósseis, comparando-o com o de pombos modernos, como o pombo-de-nicobar. O objetivo é criar embriões viáveis que possam ser incubados em ovos de aves atuais.
Tilacino: a aposta australiana
O projeto mais avançado fora dos EUA é o do lobo-da-Tasmânia, também chamado de tilacino, extinto no início do século XX. A Colossal está em parceria com a Universidade de Melbourne, utilizando clonagem e edição genética para recriar o animal e reintroduzi-lo em seu habitat original após fases de observação em cativeiro.
Ambição, ciência e controvérsias
A Colossal Biosciences foi fundada em 2021 pelo renomado geneticista George Church e o empresário Ben Lamm. Desde então, a startup tem atraído atenção e grandes investimentos, sendo pioneira na área de desextinção com foco em ciência aplicada e biodiversidade.
No entanto, especialistas apontam que a reintrodução de espécies extintas levanta questionamentos éticos e ambientais. Como esses animais impactarão os ecossistemas atuais? Como garantir o bem-estar de seres recriados em laboratório? Essas perguntas seguem em debate entre cientistas, ambientalistas e o público.