O consórcio Acqua Vias SP venceu o leilão da Parceria Público-Privada (PPP) das travessias hídricas do Governo de São Paulo, realizado na B3. A fase seguinte do processo envolve a adjudicação e homologação do resultado, com a assinatura do contrato prevista para o início de 2026. A partir daí, inicia-se a transição operacional: nos três primeiros meses, a operação permanece com a gestão atual, mas sob supervisão da nova concessionária. A assunção plena ocorrerá a partir do sétimo mês.

A concessão contempla R$ 2,5 bilhões em investimentos, incluindo a renovação completa da frota, hoje movida a diesel. Cerca de 45 novas embarcações serão adquiridas, a maioria com propulsão elétrica. Serão nove modelos diferentes, adaptados às peculiaridades de cada rota, com maior capacidade para veículos e passageiros. As balsas elétricas terão sistemas de recarga rápida instalados nos terminais, o que permitirá a redução de ruído, poluição e emissões de carbono — o governo estima corte de até 18 mil toneladas de CO₂ por ano.

Toda a modernização, que também abrange melhorias nos terminais, deverá ser concluída até o sétimo ano da concessão. Nesse ponto, todas as travessias deverão operar com “capacidade plena”, conforme as exigências contratuais.

Uma das mudanças mais aguardadas está na linha Santos–Guarujá: o governo confirmou que o novo modelo tarifário garantirá gratuidade para pedestres e ciclistas. A tarifa zero entrará em vigor com o início do contrato da PPP, independentemente da conclusão da troca da frota. A data exata será divulgada por meio de atos tarifários oficiais.

Com metas escalonadas ao longo dos anos, o pacote completo da PPP engloba a substituição da frota, modernização dos terminais, redução de impactos ambientais e reestruturação tarifária.