Ataques na Colômbia deixam 18 mortos; governo atribui ação a dissidências das FARC

Ataques na Colômbia deixam 18 mortos; governo atribui ação a dissidências das FARC

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A Colômbia viveu uma das jornadas mais violentas dos últimos anos, com dois ataques que resultaram em pelo menos 18 mortes e dezenas de feridos. As ações, ocorridas nesta quinta-feira (21), foram atribuídas pelo governo a dissidências das antigas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), que seguem ativas em regiões estratégicas para o narcotráfico e a mineração ilegal.

Em Cali, um caminhão carregado com explosivos foi detonado nas proximidades da Escola de Aviação Militar Marco Fidel Suárez, deixando seis mortos e mais de 40 feridos. A explosão atingiu parte da estrutura da base e provocou pânico na região. Horas antes, em Amalfi, no departamento de Antioquia, um helicóptero UH-60 Black Hawk da Polícia Nacional foi derrubado durante uma operação de erradicação de plantações ilícitas. Doze policiais morreram e outros oito ficaram feridos.

Segundo especialistas, os grupos dissidentes têm intensificado o uso de ataques sofisticados, como explosivos e drones, para desafiar o Estado colombiano e ampliar sua visibilidade. Nos últimos meses, episódios semelhantes já haviam sido registrados em emboscadas contra militares e em estradas estratégicas do país.

O presidente Gustavo Petro condenou os atentados e anunciou uma ofensiva militar nas áreas afetadas, reforçando a presença das forças armadas em municípios como Jamundí, Suárez e Amalfi. O governo brasileiro manifestou solidariedade às vítimas por meio do Itamaraty, enquanto organizações internacionais, como a ONU e a OEA, também repudiaram os ataques e defenderam a proteção das comunidades locais.

A comunidade internacional acompanha os desdobramentos, enquanto a Colômbia busca conter a violência e desarticular as estruturas armadas que ainda resistem ao processo de paz iniciado em 2016.

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