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Zema anuncia pacote de R$ 300 milhões para apoiar empresas mineiras afetadas por nova tarifa dos EUA

Recurso será dividido entre linhas de crédito do BDMG e devolução de valores de ICMS retidos; medida tenta minimizar impacto de tarifa anunciada por Trump

Zema promete suporte de R$ 300 milhões a empresas mais afetadas por tarifaço

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, anunciou nesta quarta-feira (30) um pacote emergencial de R$ 300 milhões para apoiar empresas do estado que devem ser impactadas pela nova política tarifária dos Estados Unidos. A medida do governo norte-americano foi anunciada pelo presidente Donald Trump e pode gerar prejuízos bilionários ao setor exportador brasileiro.

Durante coletiva de imprensa, Zema informou que R$ 200 milhões serão liberados por meio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), em linhas de crédito com juros de 0,9% ao mês. Os critérios para concessão dos recursos ainda serão definidos em conjunto com a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG). Os R$ 100 milhões restantes serão devolvidos às empresas como compensação de valores retidos do ICMS nas exportações.

Dados da FIEMG indicam que Minas Gerais é o terceiro maior estado exportador para os Estados Unidos, com um total de US$ 4,62 bilhões movimentados em 2024 — o que representa 11,4% do total exportado pelo Brasil ao país. As principais mercadorias incluem café, produtos siderúrgicos, máquinas elétricas e compostos químicos inorgânicos.

A federação estima que os impactos da nova tarifa no PIB brasileiro podem alcançar R$ 175 bilhões em um horizonte de 5 a 10 anos. No curto prazo, a perda seria de cerca de R$ 47 milhões. Para Minas Gerais, os prejuízos podem chegar a R$ 6,7 milhões nos próximos dois anos, com possibilidade de atingir R$ 21,5 milhões no longo prazo.

Tarifa de 50% é oficializada por Trump com críticas ao STF

A Casa Branca oficializou nesta quarta (30) a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, medida que entra em vigor no dia 6 de agosto. O decreto assinado pelo presidente Donald Trump justifica a decisão com base em ações do governo brasileiro que, segundo o texto, configuram uma “ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA”.

Embora a nova tarifa represente um aumento de 40 pontos percentuais sobre a anterior, o decreto exclui uma série de produtos da medida, como suco de laranja, aeronaves civis, petróleo, veículos, peças automotivas, fertilizantes e produtos energéticos.

O texto menciona diretamente o ministro Alexandre de Moraes, do STF, acusado de perseguir opositores políticos, proteger aliados corruptos e suprimir a liberdade de expressão — inclusive citando o caso do blogueiro Paulo Figueiredo, alvo de processo no Brasil por declarações feitas nos EUA.

A medida é vista com preocupação por autoridades e empresários brasileiros, que temem retaliações diplomáticas e comerciais mais amplas nos próximos meses.

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